João Sousa e o duelo com Pedro Sousa: “Vai ser bonito, somos amigos e respeito-o muito”

Sara Falcão/FPT

LISBOA — João Sousa (283.º) encarregou-se de ultrapassar a estreia ao vencer um duelo com o lucky loser Henrique Rocha (325.º) por 6-2 e 7-5 e, mais tarde, também Pedro Sousa (497.º) cumpriu com a sua parte para concretizar o sonho de um novo encontro 100% nacional no Del Monte Lisboa Belém Open. Ainda sem a certeza desse frente a frente especial na altura da conferência de imprensa, o vimaranense exprimiu o desejo de fazer parte da semana de despedida do lisboeta.

“Acho que seria bonito podermos jogar aqui, independentemente se for ele a vencer ou eu. Conhecemo-nos muito bem, somos companheiros, somos amigos e seria ótimo poder jogar com ele, gostaria muito. Respeito-o muito, tem uma carreira incrível e fez muito para o ténis nacional”, reiterou o antigo número 28 mundial, momentos antes de Pedro Sousa completar o frente a frente na segunda ronda.

Relativamente à primeira vitória da carreira no Challenger lisboeta, João Sousa mostrou-se aliviado por ter evitado a ida a terceiro set: “Acho que foi um bom encontro, estou feliz com a vitória frente a um jogador promissor. No primeiro set estávamos os dois na expectativa do que ia acontecer, apesar de já termos tido a oportunidade de treinar juntos. No segundo set tentou ser mais agressivo e isso gerou-me alguma dificuldade, mas conseguiu mudar a dinâmica e acabei por vencer.”

É certo que o foco passa pelo regresso ao patamar superior, mas ainda assim o minhoto de 34 anos está grato pela possibilidade de voltar a competir em Portugal, uma semana depois da passagem pelo Braga Open: “Nesta fase é ótimo, recebi um convite porque não tinha ranking para disputar o quadro. Quero agradecer à organização e estou aqui para desfrutar, hoje havia pessoas a apoiar-me a mim e ao Henrique, o que é ótimo. É bom jogar em Portugal.”

A deixar marca para as futuras gerações do ténis português, admitiu que procura partilhar os seus ensinamentos sempre que surge essa janela de oportunidade: “Sou uma pessoa que gosta de tentar ajudar, já tenho muita experiência no ténis e faço isso com todo o gosto. Quando treinamos eu tento dar um bocadinho aquilo que vejo desde fora, tento ajudá-los porque acredito que têm muito potencial para o futuro, para continuarem com ambição de chegar o mais alto possível.”

Deixa o futuro em aberto depois de uma temporada em que pouco pontuou (é o número quatro nacional, com 197 pontos), e sublinhou que o momento agora é outro, depois de ter deixado o nome bem vincado na elite durante oito anos: “Não fazia tão poucos pontos como neste ano desde 2009, agora o foco é diferente porque a situação assim o exige. Apesar de achar que tenho andado a jogar a um nível muito alto, não estou a pensar muito nisso e só quero desfrutar em todas as semanas. Estou a 300 do mundo e tenho de me adaptar a essa realidade.”

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