LISBOA — Francisca Jorge (269.ª) encarregou-se de somar a única vitória portuguesa do dia no torneio feminino de 40.000 dólares do Del Monte Lisboa Belém Open e passou a ser a única resistente da casa. A número um nacional, que precisou de se desgastar para virar o cenário a seu favor diante de Suzan Lamens (241.º), por 6-4, 5-7 e 6-4, explicou o quão especial foi este triunfo para a sua bagagem competitiva.
A abrir a contenda com a sexta cabeça de série da melhor maneira, a vimaranense salientou que só depois o panorama se complicou, com a subida de ritmo da adversária: “Senti que comecei bastante bem, estava a jogar bem e a conseguir manter a profundidade de bola. As coisas estavam a correr bem, porque ela estava a falhar algumas bolas, mas depois começou a equilibrar. O nível subiu, tentei manter-me taco a taco e foram pequenos pormenores no final do segundo set.”
Depois de uma fase final de segundo set marcada por uma quebra de rendimento motivado por problemas físicos, Jorge revelou a adversidade que embaraçou a sua movimentação em campo: “Já estava a acusar um bocadinho o cansaço mais anímico, mas depois no 0-3 chamei o fisioterapeuta porque estava com tensão acumulada no diafragma e isso ajudou-me a desanuviar a cabeça. Até ao final do jogo agarrei-me aos pontos todos e acho que mereci.”
Com um festejo efusivo depois de ter levado até ao fim os esforços de dar a volta a um terceiro set que esteve em vias de cair para o outro lado, a jogadora minhota confessou a importância que este triunfo teve nesta sua fase: “Celebrei como se tivesse quase ganho o torneio, ou um jogo muito importante. É uma daquelas pequenas vitórias que me dão uma confiança maior, estava a passar uma fase um bocadinho menos positiva, mas não deixo de acreditar que estou com um bom ténis e que consigo lutar de igual para igual com jogadoras deste nível.”
Vai medir forças na segunda ronda com Sada Nahimana (301.ª), responsável pelo afastamento de Carolina Mesquita, por 6-0 e 6-0, e manifestou que daqui para a frente o foco mantém-se o mesmo — vencer cada jogo: “É jogo a jogo, passa por ir à procura do que consegui fazer hoje, preciso de jogar um bocadinho mais desinibida. Quando jogo sem pensar muito no resultado consigo apresentar um bom ténis e hoje mostrei isso.”
