LISBOA — Henrique Rocha perdeu na ronda de acesso ao quadro principal do Del Monte Lisboa Belém Open, mas foi repescado como lucky loser e dará uso à segunda vida num inédito e desejado duelo com um dos seus ídolos de infância, o compatriota João Sousa, sobre quem só teve elogios a partilhar na conferência de imprensa desta segunda-feira.
“Ainda ontem treinei com ele”, contou já com um sorriso, depois de uma análise menos risonha à derrota por 3-6, 7-6(6) e 6-1 com o italiano Alexander Weis (296.º). “Vai ser especial porque desde que me lembro de jogar ténis sempre foi o meu ídolo português. Tudo o que ele fez é incrível, desde os títulos e finais em torneios ATP à Taça Davis, todos os anos passados no top 100… é tanta coisa.”
Henrique Rocha contou que a primeira vez em que teve oportunidade de treinar com João Sousa “foi a 24 de dezembro do ano passado, uma prenda de Natal” e acrescentou que depois disso os dois passaram algum tempo juntos no court durante a semana de preparação para o Porto Open, há cerca de dois meses.
Dias importantes para aprender com um dos melhores, pois o vimaranense é “uma pessoa cinco estrelas, que ajuda sempre que pode e que quer o melhor para nós.”
Quando assim é, “nós calamos e ouvimos, porque se há pessoa que percebe é ele e é muito bom receber essas dicas.”
Depois de um dia em que reconheceu não ter tido “as melhores sensações”, Henrique Rocha tentará apagar da memória estas e as de Augsburgo, o outro torneio no qual recebeu “uma segunda vida” e perdeu por 6-1 e 6-1 já no quadro principal, para dar o melhor e fazer frente a um compatriota, adversário e referência que no fim de semana, no primeiro set que alguma vez jogaram em contexto de treino, o venceu por 6-3.
