BRAGA – Step by step, ou de barreira em barreira na língua de Camões, Jaime Faria tem cimentado o seu estatuto no ténis nacional contemporâneo. Duas semanas depois da estreia no top 500, o lisboeta foi um passo mais longe do que no Porto Open, onde tinha somado o primeiro triunfo num quadro principal do ATP Challenger Tour, para marcar presença inédita em quartos de final na categoria intermédia do ténis profissional masculino. Agora diz-se preparado para saltar nova etapa e continua a carregar a bandeira portuguesa no Braga Open.
“É sempre especial alcançar os primeiros quartos de final e ir ultrapassando barreiras, sobretudo em Portugal”, começou por sublinhar o jovem de 20 anos, contente com a vitória face a Moez Echargui, nem por isso com a exibição. “Não me senti muito bem em campo, não foi nada bem jogado. Foi um encontro meio nervoso das duas partes, sentimos os dois que era uma boa oportunidade para seguir para os quartos de final. Mas fui bastante competitivo”.
Mais cauteloso do que o habitual devido à pouca solidez do opositor, bem mais errático do que frente a João Sousa de acordo com Faria, o atual 477.º ATP admitiu ter estado “nervoso por jogar no court central” e com tanto público, todos do seu lado, que tornou o duelo “especial”. “Amanhã vou lidar melhor com isso”, garantiu.
A separá-lo de nova transposição está o qualifier espanhol Oriol Roca Batalla, que na véspera o derrotou na variante de pares. “É um excelente jogador e tem mais experiência do que eu a este nível. Tem esquerda a uma mão, mas é sólido em terra desse lado. Não é um jogador que ganhe logo pontos com o serviço, gosta de pegar com a direita, é inteligente a jogar e está rodado em terra batida. Estou preparado”.
Preparado, confiante e sem “pressão adicional” por ser o solitário português ainda em prova, Jaime Faria lutará pelo acesso às meias-finais a partir das 13 horas desta sexta-feira.