Aryna Sabalenka já sabia desde o início da semana que a ascensão à liderança será uma meta a riscar da lista, mas a bielorrussa tinha fome de mais e ficou este sábado aquém do necessário para sair de Nova Iorque com o troféu de campeã nas mãos. A número dois mundial sofreu uma quebra abrupta de ritmo depois do segundo parcial e deixou-se apanhar por Coco Gauff, que celebrou o primeiro título da carreira em Grand Slams ao aplicar a reviravolta por 2-6, 6-3 e 6-2.
Depois de ter depositado a frustração numa raqueta partida logo após o encontro — e tendo sido ainda consolada por Billie Jean King —, Sabalenka explicou em conferência de imprensa que vai encarar a final como uma lição para o futuro: “Claro que levo muitas coisas positivas daqui, ainda que tenham havido outros aspetos pouco positivos. Tudo faz parte de um processo, estamos sempre a aprender e creio que daqui levarei comigo uma lição para que, quando voltar, volte mais forte.”
A entrada não poderia ter sido mais positiva para o lado da jogadora europeia, mas a falta de pragmatismo veio a fazer a diferença no que restou da partida: “Durante o primeiro set consegui lidar bastante bem com as emoções, estava concentrada em mim mesmo e não no público. A Coco movimentou-se muito bem, mas na verdade eu comecei a pensar demasiado no segundo parcial e aí comecei a perder o poder. Falhei pancadas muito acessíveis, era eu contra mim mesma. Vou trabalhar no duro para que da próxima vez isto não aconteça.”
Voltando a apontar as culpas a si própria apesar de entregar o mérito a Gauff, Sabalenka admitiu que a série de erros se deveu a uma postura pouco recomendada: “Às vezes emociono-me demasiado, hoje estava a pensar muito e isso levou-me a cometer muitos erros inacreditáveis que não deveriam ter acontecido. Cometi imensos erros não forçados, no segundo set foram demasiados e isso levou-a a acreditar que podia ganhar o encontro. Estive contra mim mesma.”