Foi pela noite dentro que Alexander Zverev (12.º) se digladiou com Jannik Sinner (6.º), mas ao final de quase cinco horas teve a recompensa desejada: os parciais de 6-4, 3-6, 6-2, 4-6 e 6-3 serviram de passaporte de regresso aos quartos de final do US Open, três anos depois de ter alcançado naquele palco a única final em torneios do Grand Slam.
Fascinado após a vitória que se alongou para a madrugada, Zverev começou por expressar que se sente na máxima força, depois da lesão que o atordoou nos últimos anos: “Foi o meu encontro mais longo do US Open, é incrível. Acho que posso dizer que estou de volta. É para noites como estas que eu vivo, são estes encontros que adoro jogar. Claro que teria sido ótimo ter tido uma partida mais curta, mas também me lembro do ano passado, quando não podia competir por estar lesionado, e sentia falta deste tipo de emoções, como jogar até depois da 01h30 num estádio lotado como o Arthur Ashe. Não há nada melhor que isto.”
Desgastado fisicamente na reta final da partida, o jogador de Hamburgo sublinhou que foi o público que o elevou para conseguir discutir o resultado: “Na verdade ainda não sei como é que encontrei maneira de manejar a situação, no quarto set sentia-me totalmente destruído. Estava cansado, enquanto ele estava bem melhor do que eu a nível de estado físico. Quando começou o quinto set encontrei forma de regressar, mas sem a energia de toda esta gente teria sido impossível fazê-lo. É um dos melhores momentos da minha carreira desde o regresso, veremos o que se segue.”
Pela frente tem um compromisso com Carlos Alcaraz, primeiro cabeça de série e campeão em título, mas para Zverev não há impossíveis: “Estou aqui para jogar, é isto que amo fazer. Não sei como vai terminar tudo, só sei que tenho de continuar a esforçar-me ao máximo, como sempre fiz, para lutar por cada bola até ao último momento. Agora vou descansar para me recuperar fisicamente, mas depois espero estar preparado para esse encontro.”
