O adeus de Caroline Wozniacki (623.ª) a Nova Iorque não esteve longe de acontecer na noite desta sexta-feira, mas o sinal de alerta acionou-se a tempo e a antiga número um mundial subiu mais um degrau naquele que se está a tornar um conto de fadas depois de ter regressado à competição três anos depois de ter terminado a carreira.
A dinamarquesa de 33 anos não se conseguiu afirmar desde a fase inicial frente à norte-americana Jennifer Brady (433.ª) e chegou mesmo a posicionar-se ‘entre a espada e a parede’, ao enfrentar um break num segundo set onde tudo estava em jogo. E renasceu no momento certo para dar a volta à situação e ao cabo de duas horas assinar a terceira vitória da semana, por 4-6, 6-3 e 6-1.
Durante a primeira parte do encontro a dinamarquesa apresentou raras dificuldades na execução da sua imagem de marca, a esquerda ao longo da linha, mas quando optou por cruzar mais a bola passou a ser uma questão de tempo até a confiança regressar e com a pancada recuperada começou a causar muitas dificuldades a Brady.
Apesar de ter mais soluções, a americana caiu na “armadilha” da ex-número um mundial e quebrou quer mental, quer fisicamente, não conseguindo ter reação para a subida de nível que permitiu a Wozniacki vencer nove jogos consecutivos para garantir a reviravolta num duelo em que também se destacou pelas 14 subidas à rede (12 com finais felizes).
Caroline Wozniacki, que conta no extenso e recheado palmarés com duas finais disputadas no US Open — embora tenha perdido tanto em 2009, como em 2014 —, volta a ser uma das que embarcam na viagem para a segunda semana de competição em Flushing Meadows e pela frente pode voltar a encarar outra das favoritas da casa, Coco Gauff (6.º), caso esta evite a surpresa perante a belga Elise Mertens (32.ª).