O britânico Andy Murray encerrou a participação no US Open com uma derrota na segunda ronda em que, mais do que a precocidade da saída, foi a apatia e incapacidade de reagir perante Grigor Dimitrov que preocupou. E no final o ex-número um mundial não fugiu ao assunto, deixando várias dúvidas em relação ao futuro e até uma sugestão que o prejudicaria no que diz respeito à Taça Davis.
“Em Wimbledon senti que estive muito perto de conseguir ter um bom desempenho, mas aqui a situação foi obviamente diferente”, admitiu o tenista britânico de 36 anos em declarações à BBC Radio depois da derrota em três sets.
“Estou muito longe daquilo que gostaria de estar a fazer e tenho de decidir se as exibições e os resultados que estou a ter valem a pena. Continuo a subir no ranking e isso é positivo, mas quero ter melhores resultados nos grandes torneios”, acrescentou o vencedor de 2012 do US Open.
Para além de ter colocado em cima da mesa o futuro ao reconhecer que terá de “refletir durante os próximos meses”, Murray também abordou a participação da Grã-Bretanha na fase de grupos da Taça Davis, que acontecerá em casa, na cidade de Manchester, e para a qual foi convocado.
“O meu plano era jogar a Taça Davis depois do US Open, mas, se for sincero, os outros rapazes merecem-no mais do que eu. Sei que é uma situação difícil para o Leon [Smith, capitão da equipa] porque o Jack [Draper] tem tido várias lesões, mas se estiver saudável está, obviamente, a jogar muito bem. E também temos o Cam [Norrie] e o Evo [Daniel Evans], que conquistou um título em Washington, por isso diria que há uma hipótese de eu não estar na equipa”, afirmou.
A Grã-Bretanha vai discutir o Grupo B em Manchester juntamente com a vice-campeã Austrália, a França e a Suíça e Murray foi um dos quatro convocados, a par de Cameron Norrie, Daniel Evans e o especialista de pares Neal Skupski, mas deu a entender que poderá ser substituído.