Gauff quebra malapata com Swiatek e vence duelo brilhante rumo à primeira final num WTA 1000

À oitava foi de vez: depois de perder de forma claríssima os encontros anteriores contra Iga Swiatek, a norte-americana Coco Gauff reinventou-se e superou pela primeira vez a número um mundial para assinar uma das maiores vitórias da carreira — senão mesmo a maior — para inscrever o nome na final de um WTA 1000 pela primeira vez, em Cincinnati, depois de já ter discutido a final de um torneio do Grand Slam.

Embalada pelo apoio do público que esgotou o palco principal do torneio combinado no arranque de uma jornada recheada de estrela, a ainda adolescente da casa (19 anos) precisou de 2h51, mas conseguiu selar o triunfo inédito graças aos parciais de 7-6(2), 3-6, 6-4.

Renascida desde o começo swing norte-americana de piso rápido, a que chegou com dois novos treinadores (o conceituado Brad Gilbert e o espanhol Pere Riba), Gauff deixou para trás das costas um péssimo registo no frente a frente com Swiatek e lutou de igual para igual com a polaca para conseguir a vitória apesar de até ter terminado com menos pontos ganhos (99-103).

Ao longo das quase três horas de jogo, a norte-americana manteve a concentração e não deixou de acreditar quando viu Swiatek reagir para vencer a segunda partida e relançar a discussão do duelo. Apesar de ter vencido menos pontos no total, Gauff foi quem cometeu menos erros não forçados (37 para os 46 da polaca) e conseguiu ganhar os pontos mais importantes, com destaque para a mais longa e espetacular troca de bolas do encontro, quando serviu a 3-2, e que a embalou para o break decisivo no jogo seguinte.

Finalista de Roland-Garros em 2022, Coco Gauff apurou-se para a sexta final da carreira, terceira do ano, segunda maior da carreira e primeira num WTA 1000, do qual poderá sair com o maior troféu apenas duas semanas depois de o ter feito em Washington, D.C., onde entrou pela primeira vez para a galeria de campeãs da categoria WTA 500.

Em Cincinnati, a derradeira adversária da número seis mundial — que já soma oito vitórias consecutivas perante os compatriotas (pelo meio registou mais duas em Montreal, onde chegou aos quartos de final do WTA 1000 canadiano — sairá do encontro entre Karolina Muchova e Aryna Sabalenka, que pode aproveitar a derrota de Swiatek para ameaçar a liderança do ranking mundial.

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