Toshihide Matsui é o mais velho no circuito e sonha alto depois do maior título no Porto

PORTO — Os japoneses Toshihide Matsui e Kaito Uesugi venceram o Porto Open ao derrotarem os indianos Rithvik Choudary Bollipalli e Arjun Kadhe por 6-7(5), 6-3 e 10-5 e arrecadaram o maior título das respetivas carreiras. O que no caso de Matsui é dizer muito, pois aos 45 anos trata-se do tenista em atividade mais velho a competir no circuito mundial masculino. O título no Porto Open foi o 23.º da longa carreira, enquanto que para o parceiro, 17 anos mais jovem, tratou-se do 13.º — primeiro a nível Challenger.

O “título especial” podia perfeitamente não ter acontecido, já que nas meias-finais estiveram em apuros frente aos primeira cabeças de série (Jonathan Eysseric e Aisam-Ul-Haq Qureshi), tendo precisado de anular três match points. Alguma “sorte” foi necessária segundo Matsui (Uesugi não se expressa muito bem em inglês, pelo que apenas assistiu à conferência de imprensa de rescaldo), mas o certo, também como fez questão de realçar, foi que o troféu erguido veio às custas de grandes duplas — os finalistas eram os quartos pré-designados e um par bastante experiente.

Vindos de cinco finais Challenger perdidas desde novembro, a dupla asiática entrou no encontro decisivo com “tensão”, mas tudo se compôs e o terceiro sucesso em conjunto foi alcançado, 20 anos depois do primeiro título Challenger de Toshihide Matsui, obtido em junho de 2003 na Coreia do Sul.

Com 17 anos a separá-los, Matsui serve como um mentor para o parceiro mais novo e o futuro ranking de ambos (138.º) faz sonhar com os maiores palcos da modalidade: Jogos Olímpicos à cabeça e os Grand Slams, claro, mas a primeira meta é o ATP 500 do Japão de outubro, para o qual sonham ter um convite pelas prestações recentes.

Sempre com os pés bem assentes na terra, Toshihide Matsui está empolgado para dar tudo o que tem nesta reta terminal — ou sprint final. Apaixonado pelo ambiente que sentiu no Complexo Desportivo do Monte Aventino, em especial nos duelos de João Sousa, o experiente japonês tem noção que mais pontos são precisos para preencher os sonhos, mas que também este primeiro ano da dupla a tempo inteiro está a dar-lhe um gosto especial tantos anos depois dos primeiros passos.

A minha motivação é ser melhor a cada dia”, explicou. E, acima de tudo, nunca é tarde para sonhar. Quando falamos de exemplo de longevidade no ténis, o nome de Toshihide Matsui tem se sentar à mesa com as maiores estrelas.

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