PORTO — A terceira exibição no Complexo Desportivo do Monte Aventino foi a que menos convenceu João Sousa, mas esse feedback foi bem-recebido pelo vimaranense por ser mais um fator a favor do regresso ao circuito depois de dois meses afastado para ultrapassar uma lesão nas costas.
O tenista português de 34 anos levou a melhor num duelo de luxo com o francês Pierre-Hugues Herbert ao cabo de duas partidas, por 7-6(4) e 6-2, naquele que descreveu como “um encontro difícil, contra um jogador perigoso, com muita experiência e muito diferente daqueles que tinha enfrentado porque varia muito o serviço com um jogo de rede muitíssimo bom e que dá pouco ritmo do fundo do campo.”
Em conferência de imprensa, João Sousa revelou que “foi o dia em que me senti menos bem, também pelo estilo de jogo dele que, como disse, não dá muito ritmo.” E acrescentou que “não ter jogado muito bem e ter ganho é sempre bom sinal”, para além de, tal como após as exbições anteriores, ter assegurado que o corpo está “a reagir bem” e a mente também.
À imagem do que aconteceu no duelo da segunda ronda, o melhor tenista português da história não cedeu nenhum jogo de serviço (só sofreu um break em todo o torneio e foi logo no início da primeira ronda). Desta vez teve, no entanto, de enfrentar dois pontos de break que foram, em simultâneo, set points e sobre esses momentos destacou “a iniciativa” em pegar nos pontos com o serviço e a direita, pancadas tão importantes para o seu estilo de jogo e que voltaram a estar à altura.
Superados Mattia Bellucci, Alibek Kachmazov e Pierre-Hugues Herbert, seguir-se-á o vencedor do encontro da sessão noturna entre Jules Marie e Denis Yevseyev, dois jogadores que ergueram títulos no domingo — o francês neste mesmo palco, mas num ITF de 25.000 dólares, e o cazaque em casa, no piso rápido indoor de Astana, onde se estreou a erguer troféus no circuito Challenger.
Marcada para sábado, a meia-final no Porto Open será a primeira para João Sousa desde a semana em que disputou a 12.ª e última final da carreira ao mais alto nível, em maio de 2022 no ATP 250 de Genebra. Mas os 15 meses que se passaram não entraram na cabeça do tenista de Guimarães, que garantiu nem ter pensado nisso até ser confrontado com o fim do jejum em conferência de imprensa: “Como digo, o meu objetivo aqui continua a ser diferente: perceber como é que estou animicamente e se estou bem para competir.”
Para já, os sinais são bons.