PORTO — Dentro do ano de estreias que está a ser 2023, o mês de agosto ficará marcado como aquele em que Henrique Rocha assinou primeiras vezes no ATP Challenger Tour: esta semana ao celebrar uma vitória inédita em quadros principais, daqui a alguns dias ao disputar pela primeira vez um torneio deste circuito fora de Portugal, sendo esse o rumo com que sai de um Porto Open inesquecível.
“Vamos parar uns dias para descansar o corpo, mas depois jogo dois torneios Challenger em Augsburg, na Alemanha, e em Maiorca, Espanha”, contou na conferência de imprensa após a derrota em dois sets (6-3 e 6-2) para Steven Diez num encontro em que teve oportunidades para escrever outro resultado.
A novidade surge no seguimento de meses de alto nível que resultaram na conquista de três ITF de 25.000 dólares e o ajudaram a escalar centenas de lugares no ranking, o 380.º posto que ocupa esta semana sendo melhorado dentro de alguns dias por uma subida de quase 20 posições.
Como consequência, o jovem português de apenas 19 anos já não precisará de convites para entrar nos qualifyings de algumas provas, como são exemplo as duas que referiu e para as quais marcará, em breve, os voos — a única dúvida recai na possibilidade de, em vez de Augsburg, jogar antes em Praga caso a logística seja mais fácil, até porque o amigo e parceiro de treinos, Jaime Faria, aponta a essa prova.
“É um novo desafio e uma nova experiência. Os Challenger de Portugal já conheço, sei como é que são organizados, mas lá fora não, por isso vou viver isto pela primeira vez”, acrescentou entre sorrisos sobre os desafios que o esperam após algum descanso — útil para relaxar a mente, mas também o corpo, que apesar de não ter sofrido lesões de maior durante a primeira metade do ano acusou, recentemente, uma inflamação no supraespinhoso do ombro direito que o impediu de servir durante alguns dias e levou à desistência de uma prova ITF em Castelo Branco.
Acerca do encontro que ditou o seu afastamento do torneio da cidade invicta, Henrique Rocha lamentou as oportunidades desperdiçadas para obter outro resultado: “O primeiro set foi bastante disputado, levei um break que fez a diferença. E no segundo o 6-2 foi muito enganador porque tive pontos de break em quase todos os jogos e estava a jogar um bom ténis, mas ele esteve muito bem nesses momentos e foi isso que o safou. Tentei fazer o meu melhor, mas também não tive grandes hipóteses porque ele serviu muito bem.”
