PORTO — Os primeiros meses de 2023 mudaram Gonçalo Oliveira, que recuperou a vontade, a ambição e a qualidade para estar entre os melhores do mundo. E foi por isso que abandonou o Porto Open insatisfeito com a derrota na segunda ronda, ou não tivesse ganho o hábito de chegar ao final da semana em competição.
“Nos últimos meses habituei-me a jogar meias-finais, finais e a conquistar títulos, por isso quando não o faço sinto falta de chegar longe. Já não fico contente com uma segunda ronda, seja em que torneio for”, garantiu na conferência de imprensa após a derrota para o quarto cabeça de série, Luca Nardi, por 6-4, 3-6 e 6-3.
“Estava à procura de ser agressivo, mas a partir desse momento baixei a intensidade e ele aproveitou para entrar mais no jogo. Devia ter continuado a pressionar para resolver logo ali, mas é fácil de dizer isto depois de sair do court e rever as imagens. Fiquei um pouco passivo, o serviço não entrou tanto como deveria e contra um jogador destes, que tem o ranking que tem e sabe gerir os momentos, é normal isto acontecer”, considerou Oliveira sobre o encontro.
Desapontado com o resultado, o número três português tirou as devidas ilações com os dois treinadores — o pai, Abílio Oliveira, e Eduardo Rodrigues — através de duas chamadas-vídeo e olhou com otimismo para os próximos desafios: “É retirar o que foi feito, melhorar e seguir em frente porque ainda faltam muitas semanas para acabar o ano e o nível está lá.”
Do Porto, Gonçalo Oliveira viajará para Santo Domingo, onde na próxima semana disputará mais um torneio Challenger, e depois regressará ao circuito ITF com duas provas em Idanha-a-Nova. A médio prazo tem no horizonte os Challengers de Braga e Lisboa, com possíveis passagens por provas da mesma categoria nas semanas anteriores, dependendo do fecho das respetivas listas.
