PORTO – 59 minutos bastaram a João Sousa para seguir para os quartos de final do Porto Open, o torneio escolhido como o primeiro depois de uma paragem de dois meses devido a uma lesão nas costas mas, mais do que isso, para averiguar qual o estado “físico e emocional” do antigo 28.º do ranking ATP. Agradado com o que tem apresentando no Complexo Desportivo do Monte Aventino, o vimaranense voltou a inscrever-se em provas do circuito profissional, mas garante que o pensamento esta semana não passa do dia seguinte.
Sobre o truinfo categórico desta quinta-feira sobre o russo Alibek Kachmanov, João Sousa resumiu a “boa exibição” em conferência de imprensa. “As condições hoje eram difíceis para jogar e estava consciente disso. Vi o primeiro encontro do Henrique [Rocha] com o Steven [Diez] e fui preparado para isso. Obviamente que ele não teve o melhor dos seus dias. Uma coisa juntando à outra, eu adaptando-me um pouco melhor, sendo mais consistente, mas também fiel ao meu jogo mesmo nos momentos importantes. Todas as componentes fizeram um resultado se calhar mais castigado para ele do que foi o encontro, porque foi disputado. No entanto fui superior, daí ter vencido“.
O encontro inaugural durou quase três horas, que “deixou mossa”, por isso ter “um dia menos desgastante é bom. O dia de ontem devido à chuva também me deu descanso a mais, o que foi óptimo. Agora é continuar a recuperar para amanhã estar a 100%”.
O duelo será ou frente a Pierre-Hugues Herbert, antigo top 40 de singulares e número um de pares, ou frente ao jovem português Jaime Faria. “Dois bons jogadores neste tipo de superfície”. E se como adversários não há preferência, o patriotismo puxa a balança para um lado. “Fico contente quando os portugueses ganham. O ténis português tem vindo a evoluir e o Henrique e o Jaime tê feito um excelente trabalho nesse sentido, e não só eles como outros. Se for ele a vencer é bom sinal”.
Habitual analista dos quadros dos seus torneios, até para se preparar da melhor forma, o Porto Open foi uma excepção nesse sentido. “Honestamente nem sabia com quem ia jogar, quem me disse foi o João Domingues no balneário. Não é comum, mas a verdade é que não vim com uma expetativa alta. Vim apenas perceber como estava fisicamente e animadamente”.
Para já a resposta tem sido a melhor possível. Tão boa que não só está na antepenúltima fase da prova como até já se inscreveu noutros torneios, como a fase de qualificação do US Open (está, neste momento, 98 lugares fora). A ideia é continuar a avaliar-se para perceber o que se segue, sempre com o intuito de voltar a estar a 100%. Ainda assim, os sinais recebidos do primeiro embate e o facto de ter somado os primeiros triunfos consecutivos desde fevereiro dão alento ao tenista de 34 anos.
E, como é óbvio, apesar de “não estar a pensar nisso”, João Sousa não esconde: “adoraria vencer o torneio”.