PORTO — Henrique Rocha estreou-se a vencer encontros em quadros principais de torneios do ATP Challenger Tour sob o olhar atento de familiares e amigos em no Porto Open e considerou que esse apoio foi fundamental para sobreviver à sessão noturna de terça-feira no Complexo Desportivo do Monte Aventino.
“É muito especial por ser em casa. Estou muito contente, estava cá toda a gente apoiar-me, desde a minha família e namorada aos meus amigos, e foi muito especial”, reconheceu entre muitos sorrisos na derradeira conferência de imprensa da noite, após derrotar o qualifier Robert Strombachs, da Letónia, por 6-4, 4-6 e 6-4.
“Apesar de ter tido uma grande quebra durante muito tempo gostei imenso do meu jogo. No primeiro set fui consistente, no início do segundo também, mas depois ao 3-2 senti uma quebra. Nesse jogo ainda consegui aguentar-me essencialmente por causa do serviço, mas depois ele aproveitou e tomou o ascendente. Eu entrei numa bola de neve negativa e fiquei mais cabisbaixo, mas ao 3-0 reagi e depois com o apoio do público tudo ficou mais fácil”, disse acerca da vitória que assinou em 2h14.
Salientando que “é para isto que trabalho”, Rocha reconheceu que a possibilidade de somar a primeira vitória a este nível “estava lá inconscientemente, sobretudo antes do jogo” e que isso o afetou em determinados momentos, mas uma vez mais o apoio das caras conhecidas teve um papel determinante.
Com a primeira ronda ultrapassada, Henrique Rocha procurará dobrar a proeza e inscrever o nome nos quartos de final, sendo que para o fazer terá de superar um adversário que derrotou há um ano… precisamente neste torneio, mas na primeira ronda do qualifying: o canadiano Steve Diez, atualmente no 380.º posto e responsável pela eliminação do segundo cabeça de série Benjamin Bonzi.
“É um jogador chato, que devolve muito a bola”, comentou entre sorrisos. “Conheço-o bem e ainda no outro dia treinei com ele, por isso sinto-me preparado. Tenho mais ou menos a tática pronta e venha o que vier é jogo a jogo e quero mais. É para isso que aqui estou.”