PORTO — Convidado de luxo para a edição mais forte de sempre do Porto Open, João Sousa (atualmente no 352.º posto da hierarquia) regressou ao circuito mundial masculino mais de dois meses depois do último encontro com uma vitória por 6-7(5), 6-4 e 6-4 contra o italiano Mattia Bellucci (176.º e quinto cabeça de série) ao cabo de 2h44.
Mesmo sem ritmo competitivo, o antigo 28.º do ranking ATP apareceu no Monte Aventino muito motivado, com bom nível de jogo sobretudo tendo em conta a paragem, e bebeu a energia dos imensos presentes para bater um dos favoritos ao título de um dos torneios Challenger mais fortes de sempre em Portugal.
Uma década depois do título no ATP Challenger em Guimarães que o catapultou para a ribalta, João Sousa voltou a competir no norte do país a título individual e lidou com o peso das expetativas da melhor forma e com a desilusão de um primeiro set perdido no limite e no qual veio de trás para a frente.
Mesmo assim, o vimaranense impôs o seu poderio e a sua direita caracterísitca, aparecendo aparentemente com o problema das costas controlado, para superar o perigoso canhoto italiano de 22, já com várias incursões no circuito principal esta temporada.
Após salvar dois break points no quarto jogo do parcial decisivo, João Sousa fez o break que resolveu o compromisso no penúltimo jogo do duelo para, minutos depois, selar o triunfo para gáudio de todos os presentes e do próprio tenista de 34 anos, visivelmente emocionado na interação com o público.
Apurado para a segunda ronda, Sousa vai agora defrontar ou Kenny De Schepper (qualifier francês de 36 anos, atual 420.º, antigo 62.º e finalista do torneio de 25.000 dólares neste mesmo palco na véspera) ou o russo Alibek Kachazov (327 da tabela ATP). O encontro deverá ocorrer na próxima quarta-feira.