PORTO – A barreira foi superada no penúltimo torneio Challenger jogado e agora repetida no Porto Open. Jaime Faria conseguiu finalmente ultrapassar uma fase de qualificação num torneio da categoria intermédia do ténis profissional masculino e fê-lo novamente numa prova de 125 pontos para o campeão nesta segunda-feira. A subida gradual está a ser comprovada em court, o que dá confiança para o futuro para o jovem de 19 anos.
“Estou a evoluir, estou um jogador mais regular a este nível, mais disponível mentalmente e focado em treinar muito”, Jaime Faria levantou o véu sobre as causas da recente superação, que alimentam esperanças para os próximos tempos. “Posso fazer coisas boas neste torneio e nos que aí vêm”.
O que se segue é um embate frente a um dos favoritos ao título, o francês Hugo Grenier (terceiro cabeça de série), isto depois de triunfos sem perder sets frente a JiSung Nam e Aleksandr Braynin. As vitórias foram as inaugurais em hard courts a nível Challenger e este derradeiro duelo, resolvido com os parciais de 6-4 e 7-5, foi resolvido sem a cedência de qualquer jogo de serviço.
“Cada vez mais o meu jogo está melhor para estes pisos, se bem que este piso rápido não é assim tão rápido e dá-me mais tempo do fundo do campo. O serviço reage bem e aqui nos Challengers a bola está quase sempre nova. São condições ideias para mim. Os meus melhores resultados são em pisos rápidos e sinto-me a melhorar. Estou a servir melhor, mais regular, e as minha pancadas de fundo do court estão melhores”, analisou em conferência de imprensa.
Recalcando mais em concreto o segundo sucesso do torneio – isto poucos dias depois da derrota difícil, mas “motivadora”, em quase quatro horas, no mesmo palco, no ITF de 25.000 dólares, que o lisboeta disse ter sido a preparação ideal para esta competição -, Faria mostrou-se contente com o nível de jogo. “Hoje foi um encontro de paciência. Ele serviu bem e foi fundamental manter a paciência e estar bem emocionalmente para não desesperar. Tive de estar focado nos meus jogos de serviço e apertar na resposta. Acho que fiz isso bem e fui mais duro do que ele”
O aproveitamento dos break points não foi o melhor (dois em oito) e é um dos factores a melhorar. No entanto, como o próprio salientou, se olharmos para o outro lado da moeda, as “oportunidades foram criadas”.
A partir das 11 horas desta terça-feira, Jaime Faria (esta semana com novo máximo de carreira, o posto 516 ATP) terá nova chance para criar oportunidades. No caso, a quarta chance para amealhar a primeira vitória em quadros principais de torneios no ATP Challenger Tour.
