Terão sempre Portugal: Chong e Hartono sorriem de novo em conjunto, agora na Figueira da Foz

Beatriz Ruivo/FPT

FIGUEIRA DA FOZ – Uma, duas, três. Eudice Chong e Arianne Hartono formaram parceria pela terceira vez, todas em solo português, e ergueram no Figueira da Foz Ladies Open novamente um título em conjunto. No penúltimo encontro da sétima edição, as segundas pré-designadas impuseram o estatuto e bateram Alina Korneeva e Anastasia Tikhonova por 6-3 e 6-2 em 68 minutos.

Numa prova na qual cederam na ronda inaugural em singulares (apesar de Eudice Chong ter superado a fase de qualificação), Chong e Hartono voltaram a unir forças, com a particularidade de o terem feito de novo em Portugal, isto depois da derrota precoce no Porto Open da semana passada e do título em Montemor-O-Novo no inicio de junho, na primeira vez que emparelharam.

A parceria é, portanto, praticamente pronta a estrear, mas a rodagem tem uma explicação natural: Portugal. Um país adorado pelas duas, em particular por Hartono que arrecadou o sétimo título nas nossas fronteiras- seis de pares agora e um individual no Setúbal Ladies Open de junho.

“É importante ter bom ambiente e Portugal dá-nos isso. As pessoas são amigáveis, a maioria dos torneios são bem organizados e isso é fundamental para nos sentirmos confortáveis e ter boas prestações”, observou a neerlandesa que não fugiu ao desafio, meio a brincar meio a sério, de amealhar todos os torneios portugueses.

O discurso foi complementado, até interrompido, pela parceira de Hong Kong. “Não nos preocupamos com nada fora do court, apenas temos de nos focar no nosso ténis. Divertimo-nos a jogar aqui e isso dá-nos boa energia”.

O amor ao nosso país foi notório tanto na conferência de imprensa como na cerimónia de consagração e a a resenha da semana passou de satisfatória a excelente ao longo dos dias. “Fomos ficando melhores à medida que o torneio ia avançando. Nos primeiros dois encontros tivemos algumas dificuldades, estávamos a cometer muitos erros em vez de as fazermos jogar. Tivemos também problemas com o serviço, a resposta, e estávamos um pouco passivas. Mas fomos melhorando dia a dia e isso foi fundamental para vencermos o título”, apontou Hartono, que foi ainda mais detalhada na causa da sintonia.

“À medida que vamos jogando mais vezes juntas vamos estando cada vez melhores. Os nossos jogos combinam bem porque somos boas do fundo do court, mas também conseguimos ter boa movimentação na rede e ter boas mãos quando precisamos”, receita fulcral para o triunfo na final sobre as jovens russas, num duelo marcado por algum vento e por trocas de break na infância, só que a maioria agressividade e o menor número de erros foram, na ótica das campeãs, chave para o sucesso.

A presença de muitos espetadores na final não foi chave, mas foi muito elogiada, até porque não é algo habitual por esse mundo fora na variante. “É bom ter público, especialmente quando não estamos no nosso país”, apontou a tenista asiática, apoiada pela outra metade da equipa. “É sempre positivo ver que as pessoas apreciam ténis”.

As vencedoras da sétima edição do maior Figueira da Foz Ladies Open — e do maior torneio português, a par do Oeiras Ladies Open em nove anos em Portugal, o que dará 140 preciosos pontos a cada uma — farão agora uma curta viagem até Barcelona, no caso sem reedição da dupla por opção de Chong, até porque a prioridade de ambas são os singulares. Mas ambas sabem que terão sempre Portugal para regressar e conquistar.

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