FIGUEIRA DA FOZ – Depois da bonança veio a tempestade, isto na mente de Matilde Jorge. O dia não será recordado como o mais feliz pelas derrotas na jornada dupla desta quinta-feira de Figueira da Foz Ladies Open, um dia depois da maior vitoria da curta carreira, mas como a própria admitiu no rescaldo nem tudo está mal quando parece estar.
“Entrei bem, bastante agressiva, estava num bom caminho. Mas ela teve mérito, jogou sempre bem. Não me deu muitas borlas e esteve sempre taco a taco, fui sempre eu à procura dos pontos e ela não quebrou”, começou por sublinhar a jovem de 19 anos, antes de explicar o que, no seu ponto de vista, decidiu o duelo frente a Sarah Beth Grey.
“No segundo set senti que podia ter virado a 3-2 e no 4-5 tive alguns pontos para 5-5, mas não sinto que desperdicei oportunidades. O que me escapou foi no terceiro set não ter conseguido manter-me mentalmente competitiva. Também estava cansada de ontem e esse cansaço físico fez com que o mental também fosse abaixo. Eu percebia o que tinha de fazer, mas não conseguia fazer durante muito tempo. Essa foi a chave”.
O apuramento para os maiores quartos de final da carreira não foi alcançado e, para somar, ao lado da irmã Francisca Jorge cedeu na antepenúltima fase da competição de pares, onde defendiam o estatuto de principais favoritas ao título. Apesar da “frustração por saber que sou capaz de ser melhor e não conseguir”, Matilde Jorge enalteceu a “aprendizagem” que tira da “semana positiva de singulares”.
“Neste momento sinto que está tudo mal, mas não está. Estou com bom nível e apesar da derrota tenho de perceber que não estava no meu melhor, se bem que não posso usar isso como desculpa. Tenho de tentar melhorar mentalmente. O ténis é assim, podemos jogar cinco dias seguidos se não perdermos e tenho de recuperar o melhor possível”.
