Foi ainda há menos de um ano que os fãs se despediram de Roger Federer na Laver Cup, em Londres, e debaixo dos holofotes de Wimbledon, há duas semanas, fez a primeira aparição em court desde que pendurou as raquetas. Ivan Ljubicic, seu antigo técnico, defendeu que se o corpo tivesse permitido, o campeoníssimo helvético teria continuado a competir — e a ganhar torneios.
“Se não se tivesse lesionado, Roger teria continuado a jogar e a ganhar. É como Rafa, não sei se ainda volta ou não, mas os dois amam tanto este desporto que enquanto pudessem continuariam a jogar. Até o corpo dizer basta. A carreira dele poderia ter acabado de outra forma”, declarou o treinador croata em declarações à Tages Anzeiger.
A ver o seu pupilo pelos rivais na corrida de títulos do Grand Slam, Ljubicic garante que nenhum deles se aproximará do estatuto que Federer alcançou: “Ninguém poderá aproximar-se, nem de longe, ao que Federer deu a este desporto. Recebeu o prémio de favorito do público 19 anos seguidos e ganhou o de desportivismo 13 vezes. Acho que não existiu mais nenhum caso nos outros desportos, de alguém que tivesse sido tão querido pelos fãs e que tenha influenciado tanto os outros.”
Ainda que veja Roger Federer próximo da modalidade, não lhe prevê um futuro enquanto técnico de uma possível jovem promessa: “Não o imagino a ser treinador, vejo-o mais como um mentor. Ele adora ajudar, mas penso que não queira ter o compromisso que se requer como treinador, porque gosta de fazer muitas coisas.”
