Novak Djokovic perdeu a final de Wimbledon para Carlos Alcaraz, mas apesar do desapontamento que sentiu ao falhar o objetivo de igualar os recordes de títulos de Roger Federer no All England Club e de Margaret Court em torneios do Grand Slam não poupou nos elogios ao adversário espanhol de 20 anos.
“Ao longo dos últimos 12 meses as pessoas têm referido que o ténis dele tem certos elementos do jogo do Roger [Federer], do Rafa [Nadal] e do meu e eu concordo com isso. Acho que ele tem basicamente o melhor dos três mundos”, respondeu o tenista sérvio quando foi questionado sobre o maior ponto forte do espanhol e eventuais parecenças com outros protagonistas do circuito.
“Ele tem uma resiliência mental e uma maturidade impressionantes para alguém de apenas 20 anos”, prosseguiu Djokovic. “Tem esta mentalidade competitiva de touro espanhol e uma capacidade de defesa incrível que vimos no Rafa ao longo dos anos. E acho que tem umas esquerdas em slice que se parecem de alguma forma às minhas. A forma como bate a esquerda a duas mãos, como se defende e consegue adaptar-se. Essa tem sido uma das minhas maiores armas e ele também a tem.”
“Nunca defrontei um jogador como ele, para ser sincero. O Roger e o Rafa têm obviamente os seus pontos fortes e as suas fraquezas. O Carlos é um jogador muito completo. Tem capacidades de adaptação incríveis que acho que serão a chave para a longevidade e sucesso da carreira dele em todos os pisos”, concluiu o sérvio, que não perdia um encontro completo em Wimbledon desde 2016.