Depois de um ensaio que ficou aquém das expetativas em Paris, a rivalidade de Carlos Alcaraz e Novak Djokovic em torneios do Grand Slam vai conhecer um segundo capítulo e a ocasião não poderia ser maior: em Londres, o espanhol juntou-se ao sérvio na final de Wimbledon, onde com apenas 20 anos se tornou no quarto homem mais novo da Era Open a alcançar a decisão.
Para isso, o número um mundial precisou de passar pelo terceiro classificado do ranking, o russo Daniil Medvedev, tarefa que concluiu em 1h51 com os parciais de 6-3, 6-3 e 6-3.
Não fosse a fase final da terceira partida, quando deixou escapar o break de avanço e acabou por sofrer as únicas duas quebras de serviço do encontro, e teria sido um encontro perfeito para Alcaraz: com a lição bem estudada, o espanhol cometeu pouquíssimos erros, esteve muito sólido na pancada de serviço e aproveitou as sérias lacunas no ténis de Medvedev em relva, nomeadamente um posicionamento para a resposta ao serviço demasiado recuado e uma ausência de jogo na rede (só subiu uma vez em todo o encontro).
Assim, aos 20 anos, Alcaraz tornou-se no terceiro homem espanhol e no sexto jogador do seu país (com as mulheres envolvidas) a alcançar a final de singulares em Wimbledon, onde Manuel Santana (1966), Rafael Nadal (2008 e 2010), Conchita Martínez (1994) e Garbine Muguruza (2017) conseguiram fazer o que o jovem de Múrcia tentará no domingo: erguer o troféu.
Para tal, o líder do ranking terá de destronar Novak Djokovic, sérvio que não só é o campeão em título, como venceu os últimos 34 encontros no torneio e os últimos 45 no Centre Court, que será o palco da final.
A vitória mais recente foi assinada na tarde desta sexta-feira com os parciais de 6-3, 6-4 e 7-6(4) contra o italiano Jannik Sinner e permitiu-lhe tornar-se no recordista absoluto de finais em torneios do Grand Slam: são 35, mais uma do que Chris Evert.