Marketa Vondrousova arrasa e é a primeira finalista de Wimbledon

A checa Marketa Vondrousova apurou-se, esta quinta-feira, para a final do torneio de Wimbledon pela primeira vez ao derrotar facilmente a ucraniana Elina Svitolina em duas partidas. Aos 24 anos, juntou a final no All England Club às que já disputou em Roland-Garros (2019) e nos Jogos Olímpicos (2021) e colocou-se novamente a um passo do maior título da carreira.

Num encontro de sentido único, a número 42 mundial impôs-se por autoritários 6-3 e 6-3 ao cabo de apenas 74 minutos.

Depois de algum equilíbrio nos primeiros seis jogos, a troca de breaks despertou Vondrousova, que variou a altura e o efeito da bola de uma forma sem precedentes ao longo da quinzena e foi recompensada com a conquista de sete jogos consecutivos.

Sem conseguir evocar o nível dos cinco encontros anteriores, Svitolina ficou muito aquém do desafio desta quinta-feira, nas terceiras meias-finais da carreira em torneios do Grand Slam (segundas neste palco).

Demasiado nervosa, apressada e errática, a ucraniana não foi capaz de trabalhar a construção dos pontos e abriu a porta ao domínio da adversária nascida em Praga, que apesar de ter sentido a pressão do momento ao liderar por 4-0 e (40-15) na segunda partida, cedendo três jogos consecutivos, resistiu e selou a vitória pouco depois.

Marketa Vondrousova tornou-se na primeira jogadora fora da lista de cabeças de série a alcançar a final feminina de Wimbledon desde o início da Era Open, em 1968 (Billie Jean King tinha sido a última, cinco anos antes desse período), e na segunda pior classificada a fazê-lo desde que o ranking WTA foi introduzido, em novembro de 1975, só atrás de Serena Williams — que em 2018, regressada após ser mãe, era a 183.ª classificada mundial quando atingiu a final com o estatuto de 25.ª pré-designada, atribuído pela organização por causa do seu historial no torneio e na superfície.

Finalista de Roland-Garros em 2019 e dos Jogos Olímpicos em 2021, Marketa Vondrousova terá, em Wimbledon 2023, mais uma oportunidade de conquistar um grande título.

Depois de perder essas finais para Ashleigh Barty e Belinda Bencic, respetivamente, a tenista da República Checa — que apesar de estar no top 50 é apenas a sétima (!) melhor jogadora do seu país — terá como derradeira adversária em Londres a vencedora do encontro entre Aryna Sabalenka (campeã em título do Australian Open) e Ons Jabeur (finalista de Wimbledon e do US Open em 2022).

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