Um ano depois de ser impedida de jogar por causa da sua nacionalidade, a bielorrussa Aryna Sabalenka voltou a apurar-se para as meias-finais de Wimbledon e, com este resultado, ficou a um passo de ascender pela primeira vez ao primeiro lugar do ranking WTA.
A vitória desta quarta-feira fez-se pelos autoritários parciais de 6-2 e 6-4 contra a norte-americana Madison Keys, que não conseguiu segurar uma vantagem de 4-2 na segunda partida e cedeu quatro jogos consecutivos na reta final.
O primeiro parcial foi totalmente dominado por Sabalenka, que em menos de 20 minutos agarrou uma liderança por 4-1 com duas quebras de serviço. A bielorrussa venceu 72% dos pontos com o primeiro serviço e ditou a construção dos pontos desde a linha de fundo, com o seu poder de fogo, para apressar Keys e obrigar a norte-americana a decisões precipitadas e, por consequente, demasiados erros.
No arranque da segunda partida a estratégia deixou de surtir o mesmo efeito e Keys, que somava nove vitórias consecutivas (venceu o WTA 500 de Eastbourne, já em relva, antes de chegar a Londres), quis ter uma palavra a dizer. Em ação nuns quartos de final de Wimbledon pela segunda vez, a norte-americana baseou-se na pancada de direita e, em particular, na direita cruzada para sonhar com as primeiras meias-finais, mas Sabalenka reagiu de forma imediata ao break sofrido para retomar o controlo.
Apurada para as meias-finais de Wimbledon pela segunda participação consecutiva, uma vez que em 2022 sofreu com a decisão do torneio de banir russos e bielorrussos, Aryna Sabalenka igualou o melhor resultado da carreira no All England Club. E assim colocou-se a uma vitória de ascender pela primeira vez à liderança do ranking WTA, aproveitando o deslize da polaca Iga Swiatek — derrotada na véspera por Elina Svitolina.
A próxima adversária da jogadora de Minsk, que está pela quarta vez consecutiva nas meias-finais de um ‘Major’, sairá do encontro entre Ons Jabeur e Elena Rybakina — uma repetição da final de 2022 que a cazaque ganhou em três partidas.