A norte-americana Madison Keys apurou-se, esta segunda-feira, para os quartos de final de Wimbledon pela primeira vez desde 2005 ao recuperar da desvantagem de um set e um break contra a jovem-sensação Mirra Andreeva, a russa de 16 anos que ficou muito perto de somar a sétima vtória consecutiva no torneio do Grand Slam britânico.
12 anos mais velha do que a adversária desta segunda-feira, Keys recuperou de 3-6 e 1-4 (mais tarde serviu a 4-5 e 5-6 para se manter no encontro) e venceu por 3-6, 7-6(4) e 6-2 após 2h03.
A norte-americana consumou a reviravolta ao segundo match point. O primeiro foi ganho de forma polémica, com Andreeva a ser penalizada com a perda de um ponto por atirar a raqueta contra a relva na sequência de uma escorregadela — gesto que a russa negou, explicando à árbitro de cadeira (que no final não cumprimentou) só ter acontecido por causa do movimento anterior.
O encontro dividiu-se em duas partes: na primeira, Andreeva voltou a revelar nervos de aço e uma certa ‘indiferença’ às circunstâncias que, aliados a uma compostura imprópria de uma jovem que acaba de celebrar o 16.º aniversário e uma capacidade rara de ler e desconstruir o jogo perante adversárias de elite com mais uma década de experiência; depois, Keys fez uso da experiência, manteve a calma, aumentou a velocidade na pancada de direita e passou a subir mais vezes no court para colocar pressão na jovem adversária, que perdeu a capacidade de ditar o ritmo do duelo.
Desta forma, Madison Keys igualou a melhor campanha da carreira em Wimbledon, alcançada quando tinha 20 anos em 2015, e celebrou a nona vitória consecutiva, pois antes de chegar a Londres foi campeã do WTA 500 de Eastbourne — o único torneio de preparação que disputou em relva.
Para ir um passo mais longe, a norte-americana terá de superar ou outra russa, Ekaterina Alexandrova, ou a bielorrussa Aryna Sabalenka, campeã do Australian Open e número dois mundial.
