Os astros alinharam-se e o torneio de Wimbledon foi palco de dois encontros épicos em simultâneo: se no Centre Court a número um mundial, Iga Swiatek, anulou dois match points para seguir pela primeira vez para os quartos de final, no Court No. 1 a ucraniana Elina Svitolina resistiu a um match tie-break decisivo para igualar a campanha de Roland-Garros, que assinalara o regresso aos torneios do Grand Slam pela primeira vez desde que foi mãe.
No sexto frente a frente da carreira com Victoria Azarenka, que foi o primeiro desde que as duas são mães, a ucraniana de 28 anos conseguiu um triunfo inédito sobre a bielorrussa de 33 anos ao dar a volta ao marcador para vencer por 2-6, 6-4 e 7-6(9).
Fê-lo não só ao recuperar da derrota na primeira partida, mas também ao inverter uma desvantagem de 4-7 no tie-break decisivo, que nos torneios do Grand Slam é disputado à melhor de 10 pontos.
Tal como no Centre Court, também no Court No. 1 a qualidade de jogo atingiu níveis estratosféricos em especial na reta final do duelo. Quer Svitolina, quer Azarenka reagiram bem à importância do momento e não acusaram os nervos no ‘tira-teimas’, um mini-jogo de xadrez dentro de outro quebra-cabeças que terminou com o público de pé.
A competir em Wimbledon pela primeira vez desde que foi mãe, Elina Svitolina apurou-se pela segunda vez para os quartos de final e ficou a um passo de igualar a campanha de 2019, quando jogou pela primeira vez as meias-finais de um ‘Major’ (repetiu esse resultado no US Open dois meses depois).
A separá-la de uma repetição dessa campanha, a ucraniana terá nada mais, nada menos do que a polaca Iga Swiatek, também ela vencedora de uma batalha dramática e muito bem disputada, mas contra Belinda Bencic — que teve dois match points para triunfar em duas partidas.