A temporada de relva catapultou Katie Boulter para outro patamar e esta quinta-feira a nova número um do ténis britânico escreveu mais um capítulo dourado perante os compatriotas ao apurar-se pelo segundo ano consecutivo para a terceira ronda de Wimbledon. Desta vez com pontos em jogo, já fez o suficiente para entrar no top 70 pela primeira vez na carreira.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Se há um ano registou triunfos sobre a francesa Clara Burel e Karolina Pliskova, uma ex-finalista, em 2023 o trajeto de Boulter está a ser mais discreto, mas igualmente convincente: um dia depois de ter deixado pelo caminho Daria Saville num encontro que tinha sido suspenso duas jornadas antes por causa da chuva que tanto afetou o decorrer da ação, esta quinta-feira levou a melhor sobre Viktoriya Tomova.
No Court 12, o quinto mais importante do All England Club, a nova líder do ténis feminino britânico voltou a demonstrar o ténis que há menos de um mês lhe deu, na relva de Nottingham, o primeiro título da carreira no circuito WTA.
Com 20 subidas à rede (foi bem-sucedida em 15 desses pontos) e um ténis muito agressivo desde a linha de fundo, a número 89 mundial foi sempre a tenista mais assertiva. Os 37 winners que contabilizou ao longo dos 103 minutos de encontro estiveram sobretudo em evidência na primeira partida, de sentido único, e na derradeira, que controlou desde o primeiro ponto graças a uma reação muito segura depois de perder a concentração no parcial anterior.
Apurada para a terceira ronda do ‘seu’ torneio do Grand Slam pelo segundo ano consecutivo, e com a estreia no top 70 já assegurada, Katie Boulter poderá ter como próximo desafio um dos mais difíceis da atualidade, dado que a adversária que se segue poderá ser Elena Rybakina. A campeã em título e número três mundial enfrenta Alizé Cornet ainda esta quinta-feira.
