Murray passa por encontro britânico com distinção em dia caótico em Wimbledon

Chuva, chuva e mais chuva: o segundo dia de Wimbledon foi caótico e não teve mais de uma hora de ténis ao ar livre, o que significou o adiar de dezenas de encontros para a jornada de quarta-feira, que deveria ser ‘de folga’ para muitos dos jogadores. Ao mau tempo apenas escaparam os seis duelos previstos para os dois maiores campos do All England Club, que são cobertos, e entre os quais se incluiu o braço de ferro britânico que de equilíbrio pouco teve e terminou com Andy Murray a vencer no dia em que adicionou mais um recorde ao currículo.

Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon

Numa espécie de derradeira missão em que pretende contornar as probabilidades e voltar a fazer a festa ’em casa’, onde triunfou há precisamente 10 anos e novamente em 2016, o ex-número um mundial iniciou a campanha com um triunfo por 6-3, 6-0 e 6-1 sobre Ryan Peniston.

Apesar de estar a disputar Wimbledon pela 15.ª vez, igualando o recorde masculino de Jeremy Bates na Era Open, e de este ter sido o 73.º encontro que disputou entre essas participações, foi apenas a segunda ocasião na qual Murray teve pela frente outro tenista da Grã-Bretanha na relva do All England Club.

E depois de meia dúzia de jogos nos quais demorou a encontrar o ritmo (enfrentou pontos de break ao 1-1 e ao 2-2 a prestação dificilmente poderia ter sido mais convincente, pois a partir do momento em que rubricou a primeira quebra de serviço nunca mais olhou para trás.

Autoritário como tantas vezes foi neste mesmo palco, o escocês de 36 anos que tantas vezes sofreu com a nacionalidade antes de conquistar definitivamente o carinho da generalidade dos britânicos recebeu mais uma enorme ovação no Centre Court ao celebrar a 61.ª vitória no torneio.

Embalado pelos títulos nos Challengers de Surbiton e Nottingham (antes da cair na primeira ronda do ATP 500 do Queen’s Club) e motivado pela melhor forma física dos últimos anos, Murray deu o primerio dos sete passos que ambiciona dar para voltar a triunfar no All England Club.

Ainda que a tarefa pareça hercúlea atendendo à concorrência, não é demais relembrar que ele continua a ser um dos melhores tenistas da atualidade na superfície, razão pela qual será o favorito numa segunda ronda de luxo contra qualquer um dos possíveis adversários: ou Stefanos Tsitsipas ou Dominic Thiem, que tinha vencido o primeiro set à pouco tempo quando a chuva suspendeu um encontro cuja conclusão acabou por ser adiada para quarta-feira.

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