O croata Ivan Dodig sagrou-se campeão de pares masculinos de Roland-Garros ao lado do norte-americano Austin Krajicek e deu que falar por tecer duras críticas à organização do torneio do Grand Slam francês durante a cerimónia de entrega de prémios, queixando-se de ter recebido tratamento semelhante ao de um turista.
“Tenho muita pena de o dizer aqui, mas durante 15 dias viajei para este torneio de táxi. Durante 15 dias cheguei atrasado ao aquecimento com o meu parceiro, tive de esperar 40 minutos por táxis, isso deixou-me muito triste… Este torneio devia tratar todos os jogadores da mesma forma e espero que no próximo ano possam fazer melhor”, afirmou o número oito do ranking mundial de pares.
Em causa terá estado o facto de Dodig não ter direito a um dos shuttles oficiais de Roland-Garros, mas as regras do ‘Major’ francês são claras desde o início: só será fornecido transporte gratuito aos jogadores que fiquem em hotéis localizados a 5km do complexo.
Questionada pelos jornalistas sobre as declarações do croata, a ex-tenista e atual diretora do torneio, Amélie Mauresmo, disse que é preciso contextualizar: “Temos como política oferecer transporte aos jogadores que fiquem hospedados num raio de 5km dentro do qual há um total de 19 hotéis. Se ficas num desses hóteis tens direito a reservar um transporte oficial do torneio. O que acontece é que ele escolheu um hotel do lado oposto da cidade. Falámos com ele para que mudasse de hotel e propusemos-lhe soluçõpes, mas não temos um número ilimitado de carros e temos de ser responsáveis e coerentes com as nossas regras. Não acho que seja aceitável expressar-se assim no court e que falte à verdade.”
