As contas eram simples e depois de ter caído nas meias-finais Beatriz Haddad Maia já sabia por quem torcer na final de Roland-Garros. A vitória de Iga Swiatek seria sinónimo de celebração para o ténis brasileiro e o desfecho deste sábado confirmou um momento para a posteridade: aos 27 anos, a jogadora de São Paulo vai tornar-se a primeira da história do país a alcançar o top 10 mundial.
Beatriz Haddad Maia, que tem como registo mais destacado a 12.ª posição que atualmente ainda ocupa, viveu em Paris a melhor prestação de sempre em torneios do Grand Slam. Se à chegada tinha a segunda ronda como recorde pessoal, na passada terça-feira foi a segunda brasileira a alcançar as meias-finais de um Major, 55 anos depois de Maria Esther Bueno.
Com a derrota de Karolina Muchova – que era a sua outra concorrente pela estreia no top 10 – por 6-2, 5-7 e 6-4 na decisão deste sábado e consequente terceiro título de Roland-Garros para a vitrine de Iga Swiatek, a paulista viu como assegurada a ascensão a número dez da hierarquia mundial feminina.
Na atualização do ranking da próxima segunda-feira, Beatriz Haddad Maia será a primeira mulher brasileira de sempre no lote das dez mais bem posicionadas do circuito WTA. Num cômputo geral, vai tornar-se a primeira desde Gustavo Kuerten a figurar no restrito grupo, hasteando a bandeira brasileira num top 10 de singulares pela primeira vez desde junho de 2002.
