Depois de uma primeira meia-final que terminou com um golpe de teatro devido às cãibras de Carlos Alcaraz que estragaram o espetáculo contra Novak Djokovic, também o segundo encontro ficou aquém das expetativas, mas porque Casper Ruud realizou uma exibição convincente para passar por um Alexander Zverev muito apagado e repetir a presença na final de Roland-Garros.
Um ano depois de se ter estreado em finais de torneios do Grand Slam precisamente em Paris, o norueguês garantiu mais uma oportunidade de lutar pelo primeiro título (para além dessa final também perdeu a do US Open) ao superar o alemão em três partidas de sentido único. 6-3, 6-4 e 6-0 foram os parciais e 2h08 a duração de um encontro que desiludiu muito.
Ruud assinou o primeiro break do encontro logo ao segundo jogo e, apesar de ter encontrado alguma resistência nos instantes que se seguiram, foi rápido a distanciar-se. O atual campeão do Millennium Estoril Open não esteve particularmente bem na pancada de serviço (apenas 62% de primeiros ‘saques’ colocados) e não foi muito agressivo, mas fez o que lhe competia, isto é, cometeu poucos erros não forçados — em especial por comparação com o adversário — e obrigou Zverev a lutar pela vitória.
A disputar as meias-finais de Roland-Garros pela terceira época consecutiva, o alemão não se mostrou capaz de o fazer e pecou quer pela pouca agressividade, quer pela falta de variedade (que apenas apareceram a espaços e sem a dosagem necessária para colocar o oponente em apuros).
Apesar de a época de terra batida ter deixado a desejar, um ano depois Casper Ruud está de regresso à final de Roland-Garros. E se em 2022 teve pela frente Rafael Nadal, em 2023 terá como derradeiro adversário Novak Djokovic, que está a um passo da história.
