Beatriz Haddad Maia fez história ao apurar-se para as meias-finais de singulares de Roland-Garros e depois de surpreender Ons Jabeur classificou o triunfo desta quarta-feira como “um dos maiores e mais especiais” da carreira. Segue-se nada mais, nada menos do que a campeã em título e número um mundial, Iga Swiatek.
“Acho que foi uma das maiores vitórias e uma das mais especiais para mim, até porque a Ons é uma jogadora que eu respeito muito. É muito difícil chegar até aqui e estou muito orgulhosa, acho que o meu rosto demonstrou isso“, afirmou a tenista brasileira de 27 anos ainda no court.
“O meu primeiro objetivo era estar na terceira ronda porque nunca tinha conseguido superar a segunda e sabia que tinha de ter um objetivo real. Quando o consegui pensei ‘ok, agora vamos colocar outro objetivo’ e quando o encontro de hoje terminou olhei para o meu treinador e disse ‘conseguimos, nós fizemos'”, acrescentou Haddad Maia.
Sobre a reviravolta que lhe permitiu derrotar Jabeur por 3-6, 7-6(5) e 6-1, a número 14 mundial explicou que “estava preparada, mas sabia que iria ser muito difícil porque ela é muito competitiva e poderia complicar-me muito com os amorties. Tentei ser agressiva e estou feliz com a minha mentalidade, porque hoje tive que ser muito paciente e esperar pela oportunidade.”
A separá-la de uma página ainda mais histórica do ténis brasileiro, isto é, de uma inédita final num torneio do Grand Slam, Beatriz Haddad Maia terá porventura o maior obstáculo da atualidade no circuito feminino: a campeã em título e número um mundial, Iga Swiatek, da qual só espera dificuldades apesar de até ter ganho o único confronto entre ambas até à data (no WTA 1000 de Toronto no último verão): “Ela é a número um mundial e uma das melhores jogadoras que vemos desde o ano passado. É uma tenista jovem, uma pessoa legal e que já ganhou aqui por duas vezes. Vou tentar aproveitar e jogar todos os pontos para dar o meu melhor, pensar nas coisas que preciso de melhorar e deixar tudo na quadra porque não tenho nada a perder.”