A brasileira Beatriz Haddad Maia assinou, no início de tarde desta quarta-feira, a quinta vitória consecutiva e apurou-se para as meias-finais de singulares de Roland-Garros, tornando-se na primeira mulher do Brasil a fazê-lo desde Maria Esther Bueno em 1966, dois anos antes da Era Open ter começado e a participação nos quatro Grand Slams ter sido aberta a profissionais.
A página de história desta quarta-feira foi escrita com os parciais de 3-6, 7-6(5) e 6-1 frente à tunisina Ons Jabeur, que há cerca de um mês lhe tinha aplicado um ‘corretivo’ no WTA 500 de Estugarda.
Tal como os três encontros anteriores, também o desta quarta-feira foi resolvido em três partidas. Apesar de ser a jogadora com mais horas passadas no campo nesta edição de Roland-Garros, Haddad Maia não acusou o desgaste e encontrou forças para dar a volta a um segundo set sem breaks no tie-break, em que à exceção de uma dupla falta quando já liderava por 5-2 não cometeu erros.
Mentalmente mais forte do que Jabeur, que também jogou os quartos de final do torneio pela primeira vez, a jogadora de São Paulo conseguiu uma quebra de serviço preciosíssima logo no arranque do terceiro parcial e com um ténis muito agressivo neutralizou as variações da tunisina para alterar o ascendente do encontro e penalizar a adversária sempre que teve a possibilidade de responder ao segundo serviço.
Depois de recuperar de 1-5 no terceiro set e de anular um match point contra Ekaterina Alexandrova na terceira partida e de recuperar de 0-3 no segundo set para vencer Sara Sorribes Tormo numa quarta partida que se transformou no encontro mais longo da época, Beatriz Haddad Maia voltou a fazer história.
Aos 27 anos, é apenas a segunda mulher brasileira a inscrever o nome nas meias-finais de um torneio do Grand Slam na Era Open, depois de Maria Esther Bueno o ter feito no US Open de 1968 (precisamente o ano em que este período começou). E ficará à espera da vencedora do duelo entre Iga Swiatek e Coco Gauff, que reedita a final de 2022.