Francisco Cabral esteve perto de tornar-se no primeiro tenista português da história a apurar-se para os quartos de final de qualquer quadro em Roland-Garros, mas depois de estar a dois pontos de mais uma vitória com Rafael Matos perdeu em 2h59 para os vice-campeões de 2022 na terceira ronda de pares masculinos.
Se na primeira ronda afastaram os atuais campeões do Australian Open e na segunda eliminatória deixaram pelo caminho um dos vencedores do último Wimbledon, este domingo Cabral e Matos ficaram muito perto de superar o croata Ivan Dodig e o norte-americano Austin Krajicek, mas os quartos cabeças de série e, respetivamente, números oito e cinco mundiais acabaram por dar a volta ao encontro para vencerem por 6-7(3), 6-4 e 7-5.
Num encontro atipicamente longo para a variante de pares que foi sempre pautado pelo equilíbrio e no qual se disputaram 213 pontos, Cabral e Matos estiveram a dois pontos do triunfo quando, na resposta ao serviço, lideraram por 5-4 (30-30) e (40-40) no último set.
Apesar de não ter conseguido dar mais um passo naquela que foi a sua primeira campanha em Paris, Francisco Cabral desempenhou uma campanha honrosa e inesquecível em Roland-Garros: afinal, o portuense começou por ser o oitavo português a participar no quadro de pares masculinos e o quinto a disputar pelo menos uma vez todos os torneios do Grand Slam nesta variante, depois tornou-se apenas no quarto a ultrapassar uma ronda de pares em Paris e com a segunda vitória da semana igualou mesmo o melhor resultado português entre todas as variantes e quadros da prova (João Sousa nos pares masculinos em 2014 e 2018 e Michelle Larcher de Brito nos singulares femininos em 2009).
De malas feitas, o próximo desafio de Francisco Cabral e Rafael Matos já será na relva, com o português e o brasileiro a estarem inscritos no ATP 250 de Estugarda que começa daqui a uma semana, logo a seguir a Roland-Garros.