PARIS — Francisco Cabral celebrou a segunda vitória da semana ao lado de Rafael Matos e tornou-se no terceiro português da história a inscrever o nome na terceira ronda de um dos quadros de Roland-Garros. No entanto, o resultado alcançado esta sexta-feira não satisfaz o especialista de pares, que quer mais.
“Sinceramente não fazia a mínima ideia”, respondeu entre risos quando questionado pelo Raquetc sobre o restrito grupo de tenistas lusos a que acabara de se juntar ao superar o australiano Max Purcell e o norte-americano Ben Shelton por 6-3 e 6-0. “É bom, é giro igualar, mas quero mais. Quero ganhar a próxima ronda e vamos dar tudo para o conseguirmos.”
Sobre o triunfo desta sexta-feira, o mais autoritário desde que iniciou a parceria com Matos, Cabral revelou ter ficado muito satisfeito: “Fizemos um encontro bastante bom. No início estava complicado, com os quatro à procura das melhores sensações, e acho que o mais importante foi ganharmos o meu jogo de serviço ao 2-2. Foi um jogo mais longo em que conseguimos segurar o serviço e depois fizemos logo o break. Acho que aí em termos de energia eles baixaram um bocadinho e nós mantivemo-nos por cima até ao fim.”
Para se tornar no primeiro português a celebrar três vitórias consecutivas num quadro principal em Roland-Garros, o portuense de 26 anos terá de passar pela dupla que há um ano alcançou a final: o croata Ivan Dodig e o norte-americano Austin Krajicek, respetivamente oitavo e quinto classificados do ranking. “Vai ser uma pena eles perderem os pontos da final”, começou por afirmar entre sorrisos antes de lhes tecer muitos elogios: “São jogadores muito bons, que têm muitos anos de ténis e de pares, por isso vamos ter de estar ao nosso melhor nível para termos as nossas hipóteses. Estamos a jogar bem, somos uma dupla perigosa e termos de estar com a energia lá em cima.“
