Tal como nos dois desafios anteriores, Novak Djokovic venceu em três sets e apurou-se para a quarta ronda de Roland-Garros, mas desta vez o sérvio precisou de aplicar-se, sofrer e até de receber assistência médica antes de carimbar uma suada vitória depois de ser novamente vaiado por um público com que, ao longo dos anos, tem tido uma relação de altos e baixos.
Sendo a man on a mission (a de tornar-se no primeiro homem da história a vencer 23 títulos em torneios do Grand Slam), o sérvio tinha no duelo com Alejandro Davidovich Fokina um teste exigente e apesar de não ter brilhado respondeu com solidez para prevalecer por 7-6(4), 7-6(5) e 6-2 após 3h36.
Foi a vitória em três sets num torneio do Grand Slam mais longa da carreira de Djokovic, que por muito pouco não foi obrigado a trabalhos extra pois Davidovich Fokina teve por duas um break de vantagem no set inaugural e por uma no segundo.
Mas nos momentos mais importantes o espanhol cometeu os erros que o sérvio deixou totalmente de lado nos dois tie-breaks que disputaram e pagou cara a fatura de desperdiçar valiosas oportunidades ante um adversário que oferece tão poucas. Mais do que os 50 erros diretos cometidos, foi com o timing em que os efetuou que Davidovich Fokina mais sofreu.
Mesmo com o público a gritar o seu nome, mesmo com o público a assobiar Djokovic em diversos momentos entre os muitos aplausos ao ténis espetacular que se praticou, o irreverente e sempre tão perigoso jogador do país vizinho — que até vencera o encontro mais recente, na terra batida de Monte Carlo em 2022 — não conseguiu encontrar a chave para este enigma.
E assim Djokovic, que tem os olhos postos no 23, deu o terceiro de sete passos para alcançar o objetivo que ainda o motiva a combater.
Segue-se o vencedor do encontro entre o peruano Juan Pablo Varillas e o polaco Hubert Hurkacz.
