Apoiada como se de uma francesa se tratasse, Svitolina continua a sorrir e chega à segunda semana

Sem franceses para apoiarem, os espetadores viraram-se para Elina Svitolina, que é casada com Gael Monfils, e puxaram por ela como se de uma gaulesa se tratasse até que a ucraniana selasse a reviravolta que lhe valeu o apuramento para a quarta ronda de Roland-Garros.

Por Gaspar Ribeiro Lança, em Roland-Garros

Chegada a Paris “sem expetativas” apesar do título que conquistou no WTA 250 de Estrasburgo no sábado, a ex-número três mundial repetiu a reviravolta da ronda anterior e superou a russa Anna Blinkova por 2-6, 6-2 e 7-5.

O palco foi, uma vez mais, o Court Simonne-Mathieu, o terceiro maior do Stade Roland-Garros e onde já tinha registado a duas vitórias anteriores — a mais recente delas com o marido nas bancadas menos de 12 horas depois de ter assinado uma vitória monumental na primeira ronda e antes de desistir da segunda.

Com as bancadas preenchidas como se de uma francesa se tratasse, Svitolina recebeu, precisamente, o apoio que habitualmente só está reservado aos jogadores ‘da casa’ e a um grupo restritíssimo de tenistas de outras nacionalidades. Afinal, por esta altura já ela é praticamente francesa e o casamento com Monfils (de longe um dos gauleses mais populares) aliado ao facto de na quinta-feira o público se ter despedido do último compatriota resultaram numa combinação conveniente e agradável.

“Voltar ao circuito depois de ser mãe é muito, muito complicado”, voltou a afirmar no final do encontro. Mas, se o é, a ucraniana já não o dá a entender.

Porque se no início de abril ainda se exibiu algo enferrujada durante a derrota na primeira ronda do Oeiras Ladies Open no Jamor, a passo acelerado a ex-campeã do WTA Finals e medalha de bronze nos últimos Jogos Olímpicos (os próximos, já agora, jogam-se precisamente neste complexo dentro de 14 meses) tem vindo a elevar o nível para regressar ao grupo de que fez parte durante tantos anos antes de pausar a carreira.

E em solo francês, primeiro em Estrasburgo, agora em Paris, está de novo a juntar vitórias com sorrisos, mesmo se estes que por agora assina também são acompanhados de lágrimas — de alegria, pois claro.

Svitolina já esteve nos quartos de final de Roland-Garros em três ocasiões (2015, 2017 e 2020) e só precisará de mais uma vitória para o repetir, necessitando para isso de superar a russa Daria Kasatkina, que logo de manhã não perdeu tempo e em apenas 55 minutos venceu a norte-americana Peyton Stearns por claríssimos 6-0 e 6-1.

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