Numa edição ‘órfã’ de Rafael Nadal, caem sobre Novak Djokovic as maiores aspirações de coroação de campeão no final da quinzena em Roland-Garros. Esta segunda-feira, o número três mundial abriu a caminhada direcionada para um terceiro título na terra batida parisiense com uma exibição masterclass e sem perturbações a registar dentro de court, mas em contraste com os apupos e assobios propagados pelas bancadas do Estádio Philippe Chatrier.
O sérvio de 36 anos, que é, a par de Stan Wawrinka, o único dentro dos participantes do quadro masculino com o nome inscrito na grelha de campeões da centenária prova, não se afastou do fio condutor diante do norte-americano Aleksandar Kovacevic (114.º) e com os inflexíveis 6-3, 6-2 e 7-6 (2) amealhou a 86.ª vitória da carreira naquele Major.
Extinta uma primordial maré de inalterabilidade no marcador, Djokovic deu o passo em frente após uma primeira oportunidade gorada e, sem grandes imperfeições a enfatizar, tomou o parcial em questão após breves 36 minutos. Cadenciado pela conquista do primeiro capítulo, o jogador dos Balcãs manteve a corda e duas novas vitórias em jogos de serviço de Kovacevic ampliaram o fosso.
Djokovic repetiu a receita do segundo no arranque do terceiro parcial e com um break para o seu lado colocou-se a meio caminho da vitória. Todavia, por oposição às anteriores ocorrências da partida, nesta ocasião Kovacevic conseguiu importunar o ex-número um mundial e até recuperou a igualdade. Depois de uma nova troca de breaks, só no tie-break o campeoníssimo sérvio conseguiu voltar a afirmar-se para celebrar a vitória.
Sem surpresas e a obedecer ao palmarés em Roland-Garros que lhe aponta vitórias na estreia desde a primeira participação, em 2005, Novak Djokovic transporta bons indícios para a segunda ronda e vai esgrimir com o húngaro Marton Fucsovics (83.º) um eventual 18.º apuramento para a etapa seguinte da prova que conquistou pela última vez em 2021.