Nuno Borges é o quinto português a vencer no quadro principal de Roland-Garros

Paris está a tornar-se numa cidade especial para Nuno Borges, que este domingo assinou a 10.ª vitória portuguesa em quadros principais de Roland-Garros e repetiu um feito até aqui apenas conseguido por quatro compatriotas. E não só — a primeira vitória do maiato na quinzena principal deste torneio inscreveu-o em várias páginas da história do ténis nacional.

Por Gaspar Ribeiro Lança, em Roland-Garros

Aos 26 anos, Nuno Borges superou John Isner por 6-4, 5-7, 7-6 (3), 4-6 e 7-6 (9) para carimbar a passagem à segunda ronda do quadro principal de Roland-Garros, o mesmo torneio que há um ano assinalou a sua estreia em torneios do Grand Slam e no qual ‘furou’ pela primeira vez uma fase de qualificação.

Se em 2022 se tornou no sétimo português a participar no quadro principal masculino de Roland-Garros e apenas no quarto a ultrapassar o qualifying, em 2023 o maiato tornou-se no quarto homem a vencer na grelha mais importante, repetindo os passos de Nuno Marques (1990), Rui Machado (2009) e João Sousa (2012, 2014, 2015, 2016 e 2022). O grupo de portugueses que lograram superar a primeira etapa em Paris fica completo com o nome de Michelle Larcher de Brito (2009), a única a fazê-lo na competição feminina.

Esta edição não foi a primeira em que disputou o quadro principal, mas foi a primeira em que teve entrada direta e, ao vencer, Nuno Borges repetiu o feito de João Sousa, que em 2013 entrou pela primeira vez no quadro principal sem precisar de jogar o qualifying e também superou a eliminatória inaugural — Marques fê-lo na segunda ocasião em que teve entrada direta no quadro principal, enquanto Machado e Larcher de Brito celebraram vitórias nas primeiras ocasiões em que jogaram o quadro principal, mas via qualifying.

A vitória deste domingo em Paris juntou-se à de setembro de 2022 no US Open e fez de Nuno Borges o sextp homem português a celebrar vitórias em quadros principais de singulares de dois torneios do Grand Slam diferentes, depois de Nuno Marques (Roland-Garros e US Open), João Cunha e Silva (Wimbledon e US Open), Rui Machado (Roland-Garros e US Open) João Sousa (o único a vencer nos quatro ‘Majors’). E o sétimo representante luso, pois Michelle Larcher de Brito fê-lo em Roland-Garros, em Wimbledon e no US Open.

Na quarta-feira, quando regressar ao court para defrontar o vencedor do duelo entre Bernabé Zapata Miralles e Diego Schwartzman, o número um nacional poderá fazer ainda mais história dado que procura tornar-se no primeiro homem português a chegar à terceira ronda de singulares em Paris — feito até hoje apenas alcançado por Michelle Larcher de Brito no torneio feminino de 2009.

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