PARIS — A ucraniana Marta Kostyuk foi assobiada à saída do Court Philippe-Chatrier porque voltou a optar por não cumprimentar a bielorrussa Aryna Sabalenka e após a derrota na primeira ronda de Roland-Garros admitiu ter ficado surpreendida com a reação do público francês, que classificou de embaraçosa.
“Quero ver como é que as pessoas reagem [a estes assobios] daqui a 10 anos, quando a guerra tiver acabado. Acho que não se vão sentir bem com o que fizeram”, comentou em conferência de imprensa sobre o comportamento do público, que a apoiou durante o encontro, mas mudou de atitude no final ao ver que Kostyuk não cumprimentou Sabalenka — um gesto que já tinha protagonizado num passado recente e que nunca escondeu ser a sua decisão em relação a todas as adversárias russas e bielorrussas.
“Tenho de confessar que não estava à espera do que aconteceu hoje. Não tenho mais nenhuma reação. As pessoas deviam sentir-se envergonhadas, mas não é uma decisão minha”, acrescentou a jogadora natural de Kiev.
Atualmente com 20 anos, Marta Kostyuk tem sido uma das tenistas mais vocais contra a invasão à Ucrânia levada a cabo pela Rússia. Logo em março de 2022, a ucrania afirmou que “nenhum tenista russo me disse que lamenta, só estão preocupados em conseguir fazer transferências bancárias” e desde aí tem sido muito crítica às atitudes dos colegas de circuito naturais da Rússia e da Bielorrússia.
Já este ano, ergueu o primeiro título da carreira no circuito WTA após uma final com contornos políticos que, como esperado, terminou sem o aperto de mão à russa Varvara Gracheva.
