No dia em que caiu para o pior ranking dos últimos 12 anos, o português João Sousa (258.º classificado na hierarquia ATP) não foi capaz de aproveitar um match point e acabou eliminado na primeira ronda do qualifying de Roland-Garros. No final, o português de 34 anos fez uma análise à exibição e também ao momento de forma que atravessa, marcado por oito derrotas consecutivas.
“O ténis é mesmo assim, no final ele conseguiu jogar melhor e acabou por vencer. Foi um encontro com um nível aceitável, obviamente não é um nível que eu quero. No entanto, foi o que consegui meter em campo e quase venci. Infelizmente não consegui vencer, tive muito perto de o fazer. Pelo que fiz merecia ter vencido, mas mérito dele porque conseguiu dar essa reviravolta e acabar por vencer”, afirmou em declarações à rádio RFI após perder por 6-2, 3-6 e 7-6(8) com o argentino Santiago Rodríguez Taverna.
“Ele tinha a ambição de ganhar, tal como eu. O facto de ele ser mais jovem trouxe-lhe essa frescura física. Não que me considere mal fisicamente, mas notou-se que ele está bem fisicamente. Não acho que tenha sido pela forma física que tenha vencido. Foi mais agressivo nos momentos importantes do que eu e isso fez a diferença”, acrescentou o melhor tenista português da história, que não precisava de jogar o qualifying em Roland-Garros há 11 anos.
A derrota deu-se na jornada de segunda-feira, o mesmo dia em que João Sousa desceu 102 lugares no ranking e saiu do top 250 pela primeira vez desde abril de 2011: “O ranking define aquilo que tenho vindo a fazer. Não tenho conseguido vencer encontros e, obviamente, o meu ranking vai descendo. Costumo dizer que o ranking é o espelho do nível que apresentamos e o meu nível neste momento é o ranking que tenho.”