O espanhol Rafael Nadal anunciou, esta quinta-feira, a desistência de Roland-Garros e admitiu que ainda não tem um prazo definido para o regresso à competição, mas deixou em aberto a possibilidade de voltar para a Taça Davis, na fase final da época, e preparar aquele que acredita ser “o último ano da carreira” em 2024.
Ausente do circuito desde janeiro, quando sofreu uma lesão de segundo grau no músculo iliopsoas da perna esquerda durante o Australian Open, o tenista maiorquino vai falhar o torneio de Roland-Garros pela primeira vez desde 2004, o ano em que um problema físico contraído no antigo Estoril Open, ainda no Jamor, o afastou de Paris.
Desde aí, seguiram-se 18 participações consecutivas no quadro principal do ‘Major’ francês que resultaram em históricos e inéditos 14 títulos de campeão, aos quais acrescentou dois no Australian Open, dois em Wimbledon e quatro no US Open para um total de 22 em provas do Grand Slam.
“A evolução da lesão que sofri na Austrália não tem corrido como esperava. Perdi objetivos pelo caminho e Roland Garros tornou-se impossível. Com tudo o que esse torneio significa para mim, podem imaginar o quão difícil isto é. Não é uma decisão minha, foi o corpo que tomou esta decisão”, comunicou na conferência de imprensa que aconteceu na sua academia, em Maiorca, e na qual estiveram presentes vários elementos da família.
“Nos próximos meses não vou treinar, preciso de fazer uma pausa. Pode ser um objetivo tentar voltar na parte final do ano, para a Taça Davis, de forma a tentar encarar o próximo ano com garantias. Acredito que 2024 será o último ano da minha carreira e quero poder jogar os torneios que me apeteça para me despedir de todos aqueles que me marcaram”, continuou Nadal antes de rematar: “Creio que não mereço terminar assim. Esforcei-me o suficiente durante a minha carreira desportiva para que o meu final não seja hoje, aqui, numa conferência de imprensa. Vou esforçar-me para que o meu final seja de outra maneira.”