A Federação Francesa de Ténis reconheceu, esta segunda-feira, ter cometido um erro na elaboração dos regulamentos de atribuição dos convites para Roland-Garros e atribuiu o último wild card a Benoit Paire, recém-finalista do Challenger de Francavilla al Mare, em Itália, que há dias criou uma grande dor de cabeça aos responsáveis do segundo torneio do Grand Slam do calendário.
O torneio de Roland-Garros tem à sua disposição seis wild cards para o quadro principal masculino (porque entrega outros dois às federações dos Estados Unidos da América e da Austrália através de um protocolo de reciprocidade) e um deles é reservado para o melhor tenista francês na “Race” anual (o ranking que apenas contabiliza os pontos conquistados desde o início da época) que fique de fora do apuramento direto para o quadro principal.
Em 2023, o regulamento dizia que o wild card seria entregue de acordo com a classificação do dia 15 de maio, mas os dirigentes franceses não consideraram que, devido à extensão do ATP Masters 1000 de Roma de uma para duas semanas, nesta segunda-feira o ranking não será atualizado.
Quando se apercebeu do erro, a Federação Francesa de Ténis entregou o wild card a Hugo Gaston, que na Race to Turin do dia 8 de maio era o 10.º melhor jogador francês e o primeiro a ter ficado de fora do quadro principal de Roland-Garros. Mas entretanto Benoit Paire alcançou a final do Challenger de Francavilla al Mare e, assim, garantiu que na Race do dia 15 de maio teria mais pontos do que o compatriota.
Por isso, esta segunda-feira a entidade viu-se ‘obrigada’ a voltar atrás: atribuiu a Paire o wild card da Race que já tinha dado a Gaston e ao mais novo entregou o único convite que faltava atribuir — e que adicionaria ao lote de convidados um jogador que não Paire, com quem a entidade está de costas voltadas (outra vez…) há mais de um ano por causa do seu comportamento.