OEIRAS — Matilde Jorge foi afastada por uma das maiores favoritas na primeira ronda do Oeiras Ladies Open, mas despediu-se da variante individual com ilações positivas após a derrota para a top 80 mundial Nuria Parrizas Diaz.
“Sabia que ela é boa jogadora e que tem bastante experiência. Não me senti a jogar mal e sabia o que tinha de fazer, mas senti que a bola me estava a fugir um bocadinho. Com a troca de bolas aos 7-9 estávamos quase sempre a jogar com bolas novas e desconcentrei-me nesse aspeto, não consegui agarrar-me durante muito tempo ao que estava a fazer bem”, lamentou a jovem vimaranense de apenas 19 anos, que atuou pela primeira vez numa prova deste nível.
Sobre as oportunidades que foi tendo ao longo do duelo com uma jogadora que já fez parte do top 50, Matilde Jorge reconheceu ter “forçado demasiado” a resposta em momentos críticos. Depois, falou das maiores diferenças entre esta e as demais adversárias que habitualmente tem pela frente: “Sinto que estas jogadoras são muito constantes ao longo de todo o encontro. São mais tranquilas e essas são as grandes diferenças que vejo em relação ao nível em que estou: falham e seguem em frente, não se deixam afetar tanto.”
Ainda a competir na variante de pares ao lado da irmã Francisca Jorge (na véspera apuraram-se para os quartos de final depois de salvarem um match point), a tenista de Guimarães tem previstas viagens até ao Clube Escola de Ténis de Oeiras (para um 60.000 dólares) e Espanha (para um 25.000 dólares) nas próximas semanas. O planeamento ainda não tem as paragens seguintes definidas, mas deverão passar pelos vários torneios internacionais agendados para Portugal, não estando descartadas algumas participações em provas mais baixas — de 15.000 dólares — para continuar a amealhar pontos que lhe permitam quebrar barreiras inéditas no ranking WTA.
