Francisca Jorge de olhos noutros palcos depois de se bater com uma top 40

Sara Falcão/FPT

OEIRASFrancisca Jorge foi eliminada na primeira ronda do Oeiras Ladies Open, mas bateu-se com a cabeça de cartaz do ITF de 100.000 dólares português e tirou ilações positivas dos últimos dias no Jamor, que a fazem olhar com bons olhos para mais aventuras em palcos maiores — até porque aos singulares pode juntar a já bem sucedida carreira nos pares.

“Seria bom jogar mais torneios maiores, sem dúvida. Falta-me ritmo neste nível porque sinto que consigo enfrentá-las, mas depois falta-me sempre qualquer coisa: numas vezes cabeça, noutras até mesmo físico”, reconheceu na conferência de imprensa depois de perder por 6-3 e 6-2 com Marie Bouzkova, checa que é a 34.ª do ranking WTA.

“Faz parte do meu planeamento, sem dúvida, mas às vezes é uma questão de olhar para a quantidade e qualidade de torneios que há ou para a semana do calendário, que pode não ser tão exequível, mas estamos a tentar fazer isso”, acrescentou.

Com a primeira experiência em torneios de 100.000 dólares concluída nos singulares, a melhor tenista portuguesa da atualidade prolongou a estadia no torneio graças ao triunfo nos pares ao lado da irmã, com quem já conquistou 11 títulos internacionais — três deles este ano. Atual 131.ª WTA no ranking dessa variante, Francisca Jorge tem, por isso, duas oportunidades numa só.

E pegou no exemplo do que fez a fechar 2022, quando viajou até ao Rio de Janeiro e por lá ergueu o maior título da carreira até ao momento (venceu um 60.000 dólares com Ingrid Gamarra Martins depois de ser afastada na segunda ronda de singulares), para antecipar o que poderá repetir aqui e ali ao longo de 2023, quando os astros do circuito se alinharem e a oportunidade for irrecusável.

Já sobre o frente a frente com a checa, que na última época atingiu os quartos de final de Wimbledon e as meias-finais do WTA 1000 de Guadalajara, a número um portuguesa lamentou o que lhe faltou: “Comecei por bater-me com ela taco a taco, mas depois perdi a noção de que devia continuar a fazer o que estava a fazer. Não fui muito lúcida, fiquei nervosa e perdi o foco. Não consegui aceitar que tinha do outro lado uma top 40 e que precisava de manter a calma.”

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