OEIRAS – Dia perfeito para a seleção nacional feminina na Billie Jean King Cup. 13 anos depois da última eliminatória em casa, as melhores jogadoras portuguesas voltaram a ter oportunidade de representar Portugal perante o público português e o regresso foi em grande, depois do triunfo inaugural frente a Israel por 3-0.
As três vitórias no primeiro dia deixaram a capitã Neuza Silva – que era jogadora em 2010 – satisfeita: “Foi mesmo um começo perfeito porque conseguimos ser superiores nos três encontros. A Inês [Murta] entrou muito determinada, a marcar um ritmo alto, depois a Francisca subiu o nível no terceiro set para vencer o encontro dela e no par as nossas duas meninas, que já levam muitos títulos, também estiveram à altura. Estou satisfeita, mas isto foi só o primeiro dia e ainda temos muito pela frente. Vamos levar esta energia de hoje para os próximos confrontos.”
Inês Murta, que assinou o primeiro triunfo de Portugal no Jamor, também revelou natural satisfação com o desenrolar dos acontecimentos: “Sinto-me feliz e honrada com a escolha da Neuza. Sabia que ia sentir mais emoções do que num torneio individual, mas tentei não pensar nisto e encarar este como mais um encontro. Conseguir dar esta alegria a uma equipa traz sempre mais emoções e estou bastante contente pela forma como lidei com tudo isto.”
Já Francisca Jorge, número um nacional, destacou ter sido importante a vitória da compatriota no encontro que antecedeu o seu: “Entrar com a equipa a vencer por 1-0 tirou-me um peso grande dos ombros. Senti aquela pressão de conquistar o segundo ponto, mas sem dúvida que fui mais leve para dentro do campo porque a Inês esteve bastante bem e isso puxou um pouco por mim e pela minha entrega. Ter a capitã no campo também me ajudou a ter discernimento e a baixar a tensão. Acabei por fazer um bom encontro contra uma adversária mais cotada do que eu e que é bastante agressiva.”
Por último, Matilde Jorge, que atuou ao lado da irmã (juntas já arrecadaram 11 títulos ITF, três na presente temporada), explicou que “apesar de estarmos a ganhar por 2-0 entrámos no par para conquistarmos mais um ponto e chegarmos ao 3-0. Não só porque pode ser importante para as contas finais, mas também pela equipa e para treinarmos para outra eliminatória. Foi um bom dia para nós.”
A turma nacional volta a entrar em jogo esta terça-feira, desta vez para medir forças com a congénere de Malta, que conta com tenistas bem conhecidas das portuguesas, isto depois do confronto de há um ano na Macedónia do Norte com vitória lusa por 2-1. A eliminatória inicia-se às 11 horas e volta a contar com dois embates de singulares, seguido de um duelo de pares.