Gastão Elias (222.º) subiu este sábado mais um degrau na caminhada no Challenger de Girona e foi com uma reviravolta assinada frente ao terceiro favorito Pedro Martinez (121.º), por 4-6, 6-2 e 6-4, que voltou a inscrever o nome numa final do circuito secundário ao fim de quase um ano de jejum. Em declarações ao Raquetc, o português salientou que o regresso ao dia das decisões acontece depois de semanas de muito esforço.
“Estou muito feliz. Sinto-me a jogar bem há algumas semanas, sinto-me confiante. Era o primeiro torneio em terra batida e não tinha muitas expectativas, sabia que podia ser complicada a adaptação porque já não jogava em terra há muito tempo. Tive um início de torneio complicado, ainda salvei match points. Mas aproveitei bem isso, essa confiança e consegui dois dias consecutivos agora com bons jogos e só falta um”, começou por declarar o jogador português, que vai disputar a primeira final da temporada.
“Em relação ao break abaixo estava relativamente tranquilo. Semi-preocupado, claro, porque ninguém quer estar nessa situação, mas na verdade o jogo foi um bocado estranho porque estava algumas vezes por baixo, mas sentia-me superior, sentia que controlava a maior parte dos pontos, os breaks que levei foram todos meio estranhos. Falhava uma ou outra bola mais fácil, depois ele sacava uma ou duas bolas da cartola e fazia-me o break sem entender bem como. Mas em nenhum momento achei que estava perdido, portanto mesmo estando 1-3 abaixo estava relativamente tranquilo porque sabia que estava por cima e a qualquer momento podia virar”, prosseguiu o lourinhanense numa abordagem detalhada ao encontro.
Com a missão de procurar defender os pontos somados há um ano na quinzena perfeita no Oeiras Open, Gastão Elias assegura que não é essa a sua preocupação central: “Não tenho pensado muito nisso na verdade, mas sabia que nestas semanas me ia cair uma bela quantia de pontos mas na minha cabeça estou a jogar como se já os tivesse pedido. Sinto que estou a jogar mais para somar do que para defender, não estou com grande preocupação em relação a isso. Sei que consigo jogar a um bom nível e se tiver um ano saudável consigo alcançar os meus objetivos.”
“Na teoria é um jogador mais acessível comparando com os últimos três adversários, mas sei que vai ser bem difícil. Ele tem estado a jogar muito bem, chega à final com várias boas vitórias e apesar de ter um ranking mais baixo em comparação com os que joguei, tenho a certeza que vai jogar a um nível muito elevado”, concluiu o português de 32 anos, em alusão ao derradeiro adversário da semana na Catalunha.
Com o 11.º título da carreira no circuito Challenger à beira de ser amealhado, Gastão Elias vai ter como derradeiro adversário em Girona o russo Ivan Gakhov (241.º), com quem se cruzou por apenas uma ocasião anteriormente.