LOULÉ — Gonçalo Oliveira (464.º classificado no ranking ATP) colocou um ponto final no jejum de finais que se prolongava há mais de quatro anos, mas não está satisfeito: finalista do Loulé Open by Cimpor, onde procurará o primeiro título de singulares desde dezembro de 2018, o português de 28 anos quer regressar ao nível que apresentava antes da pandemia de covid-19 interromper o circuito… e até superar-se.
“Sinto-me a jogar bem, acho que estou a jogar o melhor ténis da minha vida”, contou ao Raquetc depois de derrotar Jesper de Jong (295.º) por 6-4 e 6-4 para garantir um lugar na final de domingo.
“Tenho trabalhado muito. Os últimos quatro meses em casa têm sido de trabalho constante, a fazer coisas que não tenho feito e a ser mais profissional e estou contente. A verdade é que tenho estado acompanhado pelo meu pai e isso faz muita diferença, porque durante dois ou três anos viajei sozinho e distraí-me com outras coisas, mas agora estou a tentar focar-me e quero voltar ao Gonçalo que era antes da pandemia”, desenvolveu Oliveira.
A final de singulares no Loulé Open by Cimpor será a primeira desde dezembro de 2018 em Doha, no Qatar, mas o jogador portuense lembrou que durante este intervalo “tentei jogar sempre torneios Challenger e ATP em que obviamente é mais difícil alcançar finais e conquistar títulos.”
Para a vitória deste sábado, que assinou graças a duas quebras de serviço minuciosas, o número seis nacional destacou precisamente as oportunidades que aproveitou: “Foi um encontro muito, muito equilibrado, mas servi muito bem, estive concentrado e a chave foi aproveitar as duas oportunidades que tive no serviço dele para fazer um break em cada set. Tenho-me sentido bem nestas provas em casa. Na primeira semana em Vila Real de Santo António perdi um encontro equilibradíssimo em que tive vários set points no primeiro set e acabei por ganhar o segundo, na semana seguinte também tive vários set points e em Faro aconteceu o mesmo, portanto o segredo desta semana tem sido conseguir aproveitar os pontos importantes.”
A separá-lo do título, Gonçalo Oliveira terá Lucas Poullain, francês que no domingo conquistou o Faro Open e que menos de uma semana depois selou a segunda presença consecutiva em finais ao superar o italiano Giovanni Fonio por 6-4 e 7-6(6). “Vem de lesão, mas já venceu um título na semana passada, portanto sei que vai ser muito difícil”, anteviu o jogador luso.