Nuno Borges (103.º classificado no ranking ATP) apurou-se para a final mais importante da carreira na noite de sábado, ao registar a quarta vitória consecutiva em Monterrey, e confessou-se surpreendido com a campanha que está a desempenhar na localidade mexicana, da qual pode sair com o maior título e, também, um novo máximo de carreira na classificação mundial.
“Para ser sincero não estava à espera de chegar à final, mas é como aquela bela frase que toda a gente diz: vamos ‘jogo a jogo’ e não poderia acreditar mais nisso, foi mesmo a pensar um jogo de cada vez que cheguei aqui”, explicou ao Raquetc depois de vencer o norte-americano Mitchell Krueger por 7-6(3) e 7-6(3).
“Comecei o torneio com dois encontros mais tranquilos no resultado e nos quais joguei muito bem e depois tive dois mais complicados, frente a adversários mais duros, e estou muito contente pela forma como me adaptei a estas condições e como tenho vindo a lutar e a aparecer bem nos momentos decisivos, o que tem sido muito positivo”, acrescentou o jovem maiato de 26 anos.
As quatro vitórias de Borges até à final foram sempre carimbadas em dois sets e para tal o número um português destacou a sua reação quando mais importava: “Podia perfeitamente ter perdido um ou outro set porque estive muito perto disso nestes últimos dois encontros, mas estive muito bem nos momentos decisivos, a aproveitar bem o serviço e a ir para as pancadas em que preciso de arriscar e que sei que são parte do meu jogo. Tenho jogado bem nesses momentos, principalmente nos tie-breaks estive muito bem, com poucos erros a destacar.”
O resultado da campanha é, para já, o apuramento para a sexta final Challenger da carreira e também a mais importante, por ser a primeira num torneio de categoria 125, mas também o regresso ao top 100 mundial. Números aos quais o maiato diz não prestar muita atenção, mas nos quais reconhece importância: “Não tenho olhado para isso, mas é óbvio que os pontos que somo e o nível que tenho apresentado me vão ajudar nos próximos torneios. Tenho ambição para jogar torneios grandes e é claro que uma final destas me ajuda a cumprir o calendário que tenho previsto e que é exigente.”
A separá-lo da glória em terras mexicanas, o número um nacional terá o croata Borna Gojo, número 160 mundial que conhece dos tempos em que competiu no circuito universitário norte-americano: “Conheço-o muito bem e já joguei contra ele. Tem um jogo muito forte, gosta destas superfícies rápidas e serve muito bem. Do fundo do campo é muito completo e joga de forma bastante rápida, daí estes campos terem um bom efeito no seu jogo. Sei que está a jogar muito bem, mas vou dar tudo e sei que é possível. Estes jogos decidem-se por um ou dois pontos e eu vou à procura desses dois.”
A final entre Nuno Borges e Borna Gojo está agendada para as 16h30 locais, 22h30 em Portugal Continental.
