A chuva adiou aquela que poderia ser a despedida de Thomaz Bellucci (915.º) e só nesta quarta-feira se fez o emotivo adeus: aos 35 anos, o antigo número um brasileiro não resistiu ao teste de estreia no ATP 500 de Rio de Janeiro e deu por terminado o capítulo de jogador profissional.
O natural do estado de São Paulo, contemplado com um convite da organização do maior torneio da América do Sul para naquele palco fazer a despedida dos courts, regressou à competição cinco meses depois para a batalha final. Sem armas suficientes para dificultar a tarefa a Sebastian Baez (35.º), o canarinho ainda lutou por outro desfecho mas ao fim de pouco mais de hora e meia foi travado por 6-3 e 6-2.
Thomaz Bellucci foi uma das principais figuras do desporto brasileiro no século XXI e alcançou o estatuto de melhor representante no circuito após o final de carreira de Guga Kuerten. Para a memória fica a 21.ª melhor posição do mundo alcançada em 2010, bem como as quatro conquistas somadas ao mais alto nível: Gstaad (2009 e 2012), Santiago (2010) e Genebra (2015). Também nos Jogos Olímpicos do Rio deslumbrou, ao atingir os quartos de final da competição – onde apenas cedeu diante de Rafael Nadal.
Ainda absorvido pela comovente homenagem da qual foi protagonista, o brasileiro revelou que o ténis vai continuar a fazer parte da sua vida: “O projeto é daqui a um ou dois anos eu criar um local em que possa colocar em prática as minhas ideias, passar a minha experiência. Tenho muito a contribuir como treinador. Vou especializar-me”, explicou Bellucci na conferência de imprensa que se seguiu à sua despedida.